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EXUBERÂNCIA RURAL
Setor contribui com 31% das riquezas do país em 2003; expansão impulsiona regiões e cria empregos
Sobe participação do agronegócio no PIB
DA REDAÇÃO
Num ano em que a produção
industrial brasileira sofreu um
duro golpe, a participação do
agronegócio no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro avançou.
Segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil) obtidos pela Folha, o
peso do agronegócio no PIB subiu
de 29% para 31% em 2003. Já o
Ministério da Agricultura estima
em 33% o percentual.
A crescente participação tem sido resultado das sucessivas safras
recordes e da retração de outros
setores. Sua presença, porém, é
difícil de ser detectada porque o
agronegócio inclui ramificações
que vão além da agricultura e da
pecuária, tradicionalmente classificados como um único setor.
No entanto o boom do agronegócio já se reflete em indicadores
comerciais e macroeconômicos e
na vida de quem mora próximo
aos pólos de crescimento.
O Brasil já é o segundo mercado
mundial de aeronaves pulverizadoras, depois dos Estados Unidos. O segmento deve movimentar R$ 250 milhões neste ano, segundo o Sindicato Nacional de
Empresas de Aviação Agrícola.
Mato Grosso do Sul é outro
exemplo. O Estado teve a maior
expansão do país (8,1%) em 2001
-último dado disponível pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O peso da
agropecuária no valor adicional
(valor que a atividade acrescenta
aos bens e serviços consumidos
no seu processo produtivo) do Estado subiu de 28,4% para 32%.
O vizinho Mato Grosso, que teve crescimento de 6,5% da economia, é o maior produtor brasileiro
de soja, com 27,8% da safra total
(em 2002). Ao norte de Cuiabá, a
cidade de Sorriso, município com
a maior área plantada de soja do
mundo, viu seu PIB triplicar em
apenas cinco anos.
A prosperidade torna Sorriso
um centro de atração (80% da população veio do Sul), como costuma ocorrer em locais onde o emprego cresce. O Estado foi o líder
na criação de vagas com carteiras
assinadas em 2003, com 5,64%.
No ano passado, foram criados
293.489 empregos formais no interior dos nove Estados com
maior população, quase 100 mil a
mais do que nas regiões metropolitanas das mesmas áreas.
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