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Empresa deve R$ 693 mi a fundo
DA SUCURSAL DO RIO
A deterioração financeira da
Varig pode ser acompanhada pelas dívidas que ela acumula com o
fundo de pensão de seus funcionários, o Aerus, e pelas constantes
renegociações não cumpridas.
A dívida já foi renegociada três
vezes e soma hoje R$ 693 milhões.
A última renegociação ocorreu
em maio de 1999 e parecia definitiva. O débito (àquela altura de R$
620 milhões) foi parcelado em 20
anos, com três de carência.
Andrea Vanzillota, diretora de
seguridade e de administração do
Aerus, diz que o plano atuarial da
Varig previa o recolhimento de
15% da folha de pagamentos (R$
4,5 milhões por mês). A empresa
o cumpriu até agosto de 2001,
quando deixou de pagar.
Depois da renegociação, já foi
criada uma dívida nova de R$ 73
milhões, que está sendo cobrada
na Justiça pelo fundo de pensão.
Os três anos de carência venceram em maio. A partir de então,
além dos R$ 4,5 milhões da contribuição normal, a empresa deveria recolher mais R$ 6 milhões
para o pagamento da dívida antiga. Segundo o contrato, o atraso
de uma parcela significaria o vencimento de todo o débito.
Para evitar a execução da dívida, a Varig entregou ao Aerus 5%
das ações da Varig Engineering &
Maintenance e da Varig Log como antecipação de pagamento
das mensalidades até fevereiro de
2003, com a condição de recomprar os títulos mais adiante.
Vanzillota diz ainda que o plano
de previdência da Varig é muito
caro (para cada real de contribuição do funcionário, ela contribui
com R$ 2) e foi inspirado nos planos das empresas estatais.
Com a crise, o plano foi refeito.
A partir de janeiro, a Varig passa a
determinar sua contribuição que,
de início, será zero.
Segundo a diretora, os planos
da Rio Sul e da Nordeste, que
também integram o fundo e cuja
proporção entre a contribuição
de empregado e empresa é de um
para um, são superavitários.
(EL)
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