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Crise é tema mais debatido nas eleições dos EUA
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
Apontada nas pesquisas como maior preocupação dos
eleitores dos EUA, a economia
do país tem praticamente monopolizado o debate na campanha para o comando da Casa
Branca. O tema ofusca até discussões sobre a Guerra do Iraque, que ganhou destaque ontem no noticiário, mas que tem
sido deixada em segundo plano
desde o início do ano.
Até o republicano John
McCain, candidato da situação,
menciona a gravidade da crise e
tenta se distanciar da política
do governo George W. Bush. Na
semana passada, defendeu um
projeto para reverter um dos
piores legados do atual presidente: prometeu zerar em quatro anos o déficit anual do Orçamento do país, que explodiu
na era Bush e deve ficar em US$
410 bilhões neste ano. O degrau
entre arrecadação e gastos públicos é citado com freqüência
por ter impulsionado a desvalorização do dólar, o que contribuiu para o aumento no preço
dos combustíveis.
Sem criticar Bush -que o
apóia, mas que, com a aprovação em 28%, tem sido mantido
longe de seu palanque-,
McCain defende descontos no
imposto da gasolina em feriados, ampliação de parcerias de
livre comércio, fim dos subsídios ao álcool de milho e, apesar de propor equilibrar o Orçamento, redução de impostos.
O democrata Barack Obama
tenta emplacar o conceito de
que McCain representa o "terceiro mandato de Bush". "Você
gosta da economia do Bush?
Contrate McCain", diz vídeo
divulgado por sua campanha.
Obama disse ontem, em discurso sobre política internacional, que a gasolina cara "é uma
das mais poderosas armas"
contra os EUA. "Embarcamos
cerca de US$ 700 milhões por
dia a nações instáveis e hostis
[em pagamento] por petróleo",
disse. Ele promete alívio de impostos e criação de 5 milhões de
empregos na produção de combustíveis "ecológicos".
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