DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O auditor fiscal Jorge Luiz Caetano, 36, que coordenou o Serviço de Inteligência da Receita Federal por um mês, afirma ter cometido um equívoco ao relatar, em mensagem eletrônica, reunião que teve com o secretário-adjunto Leonardo Couto. Segundo Caetano, nunca houve a orientação para que as diferentes áreas da Receita não cooperassem entre si, diferentemente do que ele informara no comunicado.
Depois da carta, Caetano, que tem 12 anos de Receita, dos quais cinco anos e meio na Inteligência, foi substituído por Gerson Schaan, 35, que era até então chefe substituto do escritório do órgão em Porto Alegre.

Folha - O objetivo da sua reunião com Couto foi tratar de assuntos da Corregedoria?
Jorge Luiz Caetano - A reunião foi para tratar de outros assuntos. Esse assunto sobre a Corregedoria surgiu numa conversa que eu tive, antes da reunião, com o Leonardo. Fomos só eu e ele, numa conversa informal. Não foi reunião de trabalho.
A mensagem surgiu porque estávamos em um processo de mudança. Como eu estava interinamente na coordenação, assumi como procedimento dar ciência aos colegas e chefes de escritórios do que acontecia.

Folha - Couto deu orientação para que demandas da Corregedoria não fossem mais atendidas?
Caetano - Não, aquilo foi entendimento equivocado de minha parte. A gente estava vivendo um momento de bastante pressão. O Leonardo mostrou a preocupação de ter uma linha bem clara entre as atribuições da Corregedoria e as nossas atribuições [da Inteligência].


Texto Anterior: Fisco: Receita centraliza investigações internas
Próximo Texto: Inquérito sobre enriquecimento põe à mostra disputa por comando
Índice