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Fim de taxa vai atingir entidades patronais
DA REPORTAGEM LOCAL
O fim do imposto sindical também vai ter impacto no caixa das
entidades patronais. Alguns especialistas chegam a dizer que os
sindicatos de empregadores serão
até mais afetados do que os de trabalhadores. Levantamento do IBGE mostra que, dos 15.963 sindicatos existentes no país, 4.609 são
de empregadores. "Se a empresa
não for obrigada a pagar taxa aos
sindicatos patronais, eles fecham", afirma Cássio Mesquita
de Barros, professor da USP.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobrevive do contrato de gestão do
Sesi e do Senai, que equivale a dois
terços da receita da federação.
Fernando Lottenberg, consultor
jurídico da Fiesp, informa que a
contribuição sindical corresponde a 15% da receita da entidade.
Em 2001, a arrecadação total da
Fiesp foi de R$ 38 milhões.
No setor agrícola, a contribuição é paga de forma anual e equivale a R$ 0,80 por hectare. Do total arrecadado, 5% vai para a Confederação Nacional da Agricultura, cuja receita é de R$ 2 milhões
por ano. "O sistema sindical no
Brasil é bom. Só é preciso acabar
com os "fantasmas". Mas não é
preciso matar o boi para acabar
com o parasita", diz Antônio Ernesto de Salvo, presidente da
CNA.
(CR e FF)
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