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Inflação nos Estados Unidos cai para 0,2%
DA REDAÇÃO
Os preços ao consumidor dos
Estados Unidos registraram em
outubro o menor ritmo de crescimento dos últimos quatro meses,
segurados principalmente pela
queda do preço do petróleo, depois que os furacões Rita e Katrina assolaram o sul do país. O recuo dos preços de produtos de
tecnologia, como computadores,
e de vestuário também ajudou a
segurar o crescimento da inflação.
O índice de preços ao consumidor cresceu 0,2% no mês, depois
de uma alta de 1,2% em setembro,
a maior dos últimos 25 anos, segundo o Departamento do Trabalhos do país, em Washington.
O resultado, divulgado ontem,
está de acordo com a declaração
feita na terça-feira pelo indicado à
presidência do Federal Reserve, o
Banco Central norte-americano,
Ben Bernanke, que afirmou que o
controle da inflação é essencial.
Excluindo o custo dos combustíveis e dos alimentos, os preços
também subiram 0,2%, após as altas de 0,1% em cada um dos cinco
meses anteriores a outubro.
Os responsáveis pela política
monetária do Federal Reserve, o
Banco Central dos EUA, disseram
no início deste mês que a alta
"acumulativa" dos preços dos
combustíveis representa um risco
de inflação, o que sugere que eles
continuarão elevando a taxa básica de juros do país. A Kraft Foods
e a Kimberly-Clark são algumas
das empresas que estão reajustando os preços após seus custos terem aumentado.
Em outubro, os rendimentos
dos trabalhadores norte- americanos registraram o maior aumento desde julho de 2004, disse
também o Departamento do Trabalho, sugerindo que a renda ajudará a alimentar os gastos da temporada de compras de final de
ano. Corrigidos pela inflação, os
lucros das empresas subiram 0,4
por cento em outubro, após terem
caído 1 por cento em setembro.
Fed
O Comitê Bancário do Senado
norte-americano aprovou a indicação de Ben Bernanke para ser o
próximo presidente do Federal
Reserve. Bernanke foi aprovado
quase por unanimidade, com
apenas um voto de diferença.
"Ben Bernanke tem potencial
para seguir os passos de gigantes
como Paul Volcker e Alan
Greenspan" disse o senador democrata Charles Schumer, referindo-se aos dois presidentes anteriores do Fed. "A votação quase
unânime mostra que ele tem suporte de todos os partidos."
Para assumir o cargo, a indicação de Bernanke ainda precisa ser
votada pelo Senado. Se for eleito,
Bernanke assume o Fed em 31 de
janeiro, quando Greenspan deixa
o cargo.
A confirmação é esperada com
otimismo, mas há rumores que
um resultado final só saia no ano
que vem. O único membro do Comitê Bancário do Senado a não
votar em Bernanke é Jim Bunning, de Kentucky, um antigo crítico da gestão Greenspan.
Com a Bloomberg
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