São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 2005

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Inflação nos Estados Unidos cai para 0,2%

DA REDAÇÃO

Os preços ao consumidor dos Estados Unidos registraram em outubro o menor ritmo de crescimento dos últimos quatro meses, segurados principalmente pela queda do preço do petróleo, depois que os furacões Rita e Katrina assolaram o sul do país. O recuo dos preços de produtos de tecnologia, como computadores, e de vestuário também ajudou a segurar o crescimento da inflação. O índice de preços ao consumidor cresceu 0,2% no mês, depois de uma alta de 1,2% em setembro, a maior dos últimos 25 anos, segundo o Departamento do Trabalhos do país, em Washington. O resultado, divulgado ontem, está de acordo com a declaração feita na terça-feira pelo indicado à presidência do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, Ben Bernanke, que afirmou que o controle da inflação é essencial. Excluindo o custo dos combustíveis e dos alimentos, os preços também subiram 0,2%, após as altas de 0,1% em cada um dos cinco meses anteriores a outubro. Os responsáveis pela política monetária do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, disseram no início deste mês que a alta "acumulativa" dos preços dos combustíveis representa um risco de inflação, o que sugere que eles continuarão elevando a taxa básica de juros do país. A Kraft Foods e a Kimberly-Clark são algumas das empresas que estão reajustando os preços após seus custos terem aumentado. Em outubro, os rendimentos dos trabalhadores norte- americanos registraram o maior aumento desde julho de 2004, disse também o Departamento do Trabalho, sugerindo que a renda ajudará a alimentar os gastos da temporada de compras de final de ano. Corrigidos pela inflação, os lucros das empresas subiram 0,4 por cento em outubro, após terem caído 1 por cento em setembro.
Fed
O Comitê Bancário do Senado norte-americano aprovou a indicação de Ben Bernanke para ser o próximo presidente do Federal Reserve. Bernanke foi aprovado quase por unanimidade, com apenas um voto de diferença. "Ben Bernanke tem potencial para seguir os passos de gigantes como Paul Volcker e Alan Greenspan" disse o senador democrata Charles Schumer, referindo-se aos dois presidentes anteriores do Fed. "A votação quase unânime mostra que ele tem suporte de todos os partidos." Para assumir o cargo, a indicação de Bernanke ainda precisa ser votada pelo Senado. Se for eleito, Bernanke assume o Fed em 31 de janeiro, quando Greenspan deixa o cargo. A confirmação é esperada com otimismo, mas há rumores que um resultado final só saia no ano que vem. O único membro do Comitê Bancário do Senado a não votar em Bernanke é Jim Bunning, de Kentucky, um antigo crítico da gestão Greenspan.


Com a Bloomberg

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