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Yuan não deve ser valorizado, diz Nobel
DA BLOOMBERG
A China deveria resistir às pressões dos Estados Unidos para que
o yuan se valorize, pois esse tipo
de tática viola as normas da Organização Mundial do Comércio
(OMC), disse Robert Mundell,
professor de economia da Universidade de Columbia, ganhador
do Prêmio Nobel em 1999.
"O percentual de valorização de
20% a 25% sugerido para a valorização do yuan seria desastroso
para a China, pois causaria deflação, reduziria o crescimento econômico e os investimentos estrangeiros diretos, além de desestabilizar a Ásia", disse Mundell
em entrevista concedida em evento paralelo durante a reunião da
Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, pela sigla em inglês)
realizada na Coréia do Sul.
Um painel nomeado por parlamentares norte-americanos em 9
de novembro descreveu a desvalorização do yuan como um "passo extremamente limitado" e disse que o Congresso dos Estados
Unidos deveria pensar em elevar
as tarifas de importação dos produtos chineses. O painel pediu
que os parlamentares entrassem
com uma reclamação na OMC caso a China não desvalorizasse sua
moeda em, pelo menos, 25%.
O ministro do Comércio da China, Bo Xilai, afirmou ontem que
tentativas de parlamentares norte-americanos de impor tarifas
mais elevadas poderia desencadear uma disputa bilateral.
Produtores do setor manufatureiro e sindicatos dos Estados
Unidos se uniram aos parlamentares norte-americanos para pressionar o presidente George W.
Bush a adotar medidas severas
contra o que eles chamam de práticas injustas por parte da China,
como a subvalorização de sua
moeda, a disponibilização de empréstimos a empresas a juros baixos e a redução de impostos a fabricantes locais.
Em outubro passado, o superávit comercial da China subiu e
atingiu o recorde de US$ 12 bilhões, comparativamente aos US$
7,56 bilhões de setembro passado,
disse o departamento alfandegário de Pequim em comunicado
divulgado em 10 de novembro.
Ainda em outubro, as exportações chinesas aumentaram 29,7%
em relação ao mesmo período do
ano passado, superando a alta de
23,4% das importações. Bush pretende encontrar-se com o presidente chinês Hu Jintao em Pequim em 19 de novembro.
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