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Empresas podem
ter problemas
no longo prazo
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo se forem levados
em consideração os últimos
anos e não apenas 2003, as
empresas de segunda linha
levam vantagem sobre as
que formam o Ibovespa em
relação ao pagamento de dividendos.
Levantamento feito pela
Economática, que considerou as empresas com "dividend yield" superior a 6%
nos últimos cinco anos, coloca companhias como Eternit, Petroquímica União e
João Fortes na liderança.
"No que se refere a retorno
com dividendos, a Eternit
tem se mostrado uma boa
aposta há alguns anos", diz
Álvaro Bandeira, da Ágora
Senior.
Entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, a que
aparece mais bem colocada
nesse levantamento é a Souza Cruz. Mas analistas mostram preocupação com essas ações no longo prazo. É
que os principais produtos
dessas empresas -o amianto e o fumo- estão na mira
de movimentos de defesa do
ambiente e da saúde pública.
A Souza Cruz convive com
o risco de multas, a exemplo
do que ocorre nos EUA, onde a indústria do tabaco já
pagou indenizações milionárias. E o amianto vem sendo proibido em vários países
desenvolvidos.
Se a pressão contra esses
produtos aumentar no Brasil, empresas como a Eternit,
que usa o amianto como
matéria-prima para fabricação de telhas e de caixas-d'água, poderiam deixar de dar
grandes retornos em termos
de dividendos.
Bandeira lembra que, para
quem procura retornos de
ações de segunda linha, especialmente no que se refere
a ganhos com dividendos, é
importante levar em consideração o longo prazo.
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