São Paulo, domingo, 18 de abril de 2004

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Empresas podem ter problemas no longo prazo

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo se forem levados em consideração os últimos anos e não apenas 2003, as empresas de segunda linha levam vantagem sobre as que formam o Ibovespa em relação ao pagamento de dividendos.
Levantamento feito pela Economática, que considerou as empresas com "dividend yield" superior a 6% nos últimos cinco anos, coloca companhias como Eternit, Petroquímica União e João Fortes na liderança.
"No que se refere a retorno com dividendos, a Eternit tem se mostrado uma boa aposta há alguns anos", diz Álvaro Bandeira, da Ágora Senior.
Entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, a que aparece mais bem colocada nesse levantamento é a Souza Cruz. Mas analistas mostram preocupação com essas ações no longo prazo. É que os principais produtos dessas empresas -o amianto e o fumo- estão na mira de movimentos de defesa do ambiente e da saúde pública.
A Souza Cruz convive com o risco de multas, a exemplo do que ocorre nos EUA, onde a indústria do tabaco já pagou indenizações milionárias. E o amianto vem sendo proibido em vários países desenvolvidos.
Se a pressão contra esses produtos aumentar no Brasil, empresas como a Eternit, que usa o amianto como matéria-prima para fabricação de telhas e de caixas-d'água, poderiam deixar de dar grandes retornos em termos de dividendos.
Bandeira lembra que, para quem procura retornos de ações de segunda linha, especialmente no que se refere a ganhos com dividendos, é importante levar em consideração o longo prazo.


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