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Passageiros reclamam de serviço de bordo ruim e atraso no embarque
DA REPORTAGEM LOCAL
Após duas horas de vôo e R$
1.080 mais pobre, o consultor Luiz
Carvalho, 42, desembarca no aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, voltando de Cuiabá. A rotina de Carvalho, que viaja a trabalho uma vez por semana, é a mesma há 15 anos. A diferença é que,
desde que a política de corte de
custos se instalou entre as companhias aéreas, ele não conta mais
com uísque ou refeição no vôo.
"Pelo preço da passagem de ida
e volta para Cuiabá, quase R$
1.100, a qualidade do serviço de
bordo caiu muito. Os lanches são
muito simples. Nesse aspecto
[serviço de bordo], todas as companhias são muito parecidas",
afirmou o consultor, que atualmente prefere viajar pela TAM.
Atrasos
Além da queda da qualidade do
serviço de bordo, o constante
atraso nos vôos também é reclamação dos passageiros. "A Vasp é
uma companhia que não oferece
nenhuma segurança nos horários", reclamou o bancário João
Garcia, 30, que viaja regularmente
a trabalho.
Na última sexta-feira, Garcia
tentava embarcar para Curitiba
pela TAM. Antes de entrar no
vôo, perdeu um bom tempo argumentando com funcionários sobre uma reserva que havia feito,
mas que não constava no sistema
da companhia.
A crise no setor aéreo aumenta
também o tamanho das filas, como pode ser comprovado principalmente na área de embarque da
Gol, em Congonhas.
O publicitário carioca Fábio Rodrigues, 26, que trabalha em São
Paulo e passa todos os finais de semana no Rio de Janeiro, leva até
40 minutos para fazer o check-in.
"É complicado, mas não há outro
jeito. A Gol oferece descontos nas
passagens e além disso posso efetuar a compra pela internet", afirmou.
(MAELI PRADO)
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