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FORÇA DO LESTE
Petróleo é o combustível da expansão russa
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre os países emergentes que
vêm experimentando um boom
de crescimento, a Rússia é o único
que, segundo analistas, não persegue uma estratégia específica. Por
trás das altas taxas de expansão do
PIB do país estão, segundo analistas, as exportações de petróleo.
Nos 12 meses encerrados em
abril passado, a balança comercial
da Rússia apresentava um superávit comercial acumulado de
US$ 66,7 bilhões. O número é
mais do que o dobro dos US$ 27,4
bilhões de saldo alcançados pelo
Brasil no mesmo período.
Boa parte desse alto superávit
da Rússia é explicado pelas vendas de petróleo. Somados, a commodity e seus derivados respondem por cerca de 40% das exportações do país. Se as vendas de gás
natural forem incluídas na conta,
esse percentual sobe para 55%.
"A Rússia não teve nenhuma estratégia de crescimento. O país se
beneficiou enormemente dos
preços de petróleo", afirma Carlos Langoni, ex-presidente do
Banco Central e diretor do Centro
de Economia Mundial da FGV.
O Banco Mundial estima que
petróleo e gás natural são responsáveis por 25% do PIB (Produto
Interno Bruto) russo.
Esse impulso é apontado como
o principal motivo de a Rússia ter
recebido da agência Moody's, no
ano passado, o selo de "grau de
investimento", dado a países considerados porto seguro para investidores, cinco anos depois de
ter entrado em "default".
Segundo analistas, além do empurrão do setor de energia, uma
reforma tributária que culminou
em simplificação e redução dos
impostos também tem contribuído para o crescimento do país que
deve chegar a 6% neste ano, segundo estimativa do FMI.
Mas economistas dizem que a
economia russa ainda enfrenta
muitas vulnerabilidades. Prova
disso foi a corrida de clientes aos
bancos na última semana devido
a problemas enfrentados por algumas instituições financeiras.
Analistas apontam necessidade
de reformas, principalmente, no
sistema financeiro e no setor administrativo do governo.
(EF)
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