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ARGENTINA
Rolagem seria de US$ 17 bi
FMI critica leis e acordo com o país pode atrasar
DE BUENOS AIRES
Duas leis aprovadas pelo Congresso argentino na semana passada colocaram em perigo o rápido fechamento do acordo com o
FMI (Fundo Monetário Internacional), que, segundo o governo,
possibilitaria a rolagem de US$ 17
bilhões em dívidas com os organismos internacionais.
Segundo o jornal "La Nación", o
ministro Roberto Lavagna (Economia) foi informado anteontem
que o FMI desaprova o projeto
que suspende até novembro a
possibilidade de bancos tomarem
posse de propriedades de devedores que não paguem hipotecas.
O outro projeto questionado
pelo Fundo, também aprovado
pelo Congresso na semana passada, adia até outubro o reajuste de
contratos de aluguel pelo CER
(índice de indexação que tem como base a inflação).
Para o FMI, as duas leis representam "uma importante erosão
dos contratos com credores". "A
confiança dos mercados e a segurança jurídica sofrem um golpe"
com essas duas leis, diz um documento interno do Fundo enviado
a Lavagna.
As críticas surgem em um momento em que o governo contava
com um rápido acordo com o organismo para conseguir pelo menos adiar o pagamento de dívidas
de US$ 2,8 bilhões que vencem
em setembro. Anteontem, mesmo dia em que o FMI informou o
governo sobre o descontentamento com as leis, Lavagna havia
enviado um primeiro esboço da
carta de intenções que espera assinar nas próximas semanas.
Segundo o "La Nación", o presidente Eduardo Duhalde estuda
vetar as leis aprovadas no Congresso. Ontem, ele manteve o otimismo e disse que o acordo está
"cada vez mais próximo".
(JOÃO SANDRINI)
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