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Relatório menciona núcleo ligado à CUT
DA REPORTAGEM LOCAL
No relatório de irregularidades
elaborado pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho) consta
que o Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC, filiado à CUT, cobra 5%
do valor da conciliação. A comissão funciona dentro da DaimlerChrysler (antiga Mercedes-Benz). "A lei é omissa em relação
à cobrança. Mas não cobramos
taxas do trabalhador nem R$ 150
da empresa", diz o presidente da
Federação dos Metalúrgicos da
CUT, Adi dos Santos Lima.
"Também não fornecemos título
de quitação geral de direitos."
Segundo o sindicalista, um
acordo em breve será assinado
com sindicatos patronais para
formação de mais quatro comissões, nos mesmos moldes dos
metalúrgicos, no Estado.
O Sindicato dos Bancários de
São Paulo (CUT) também montou há cerca de um mês uma comissão em parceria com o banco
Itaú. "Não cobramos taxa nem
fornecemos termo de quitação de
direitos. Dessa forma, o bancário
pode ir à Justiça. Também tem
prazo de 180 dias para reclamar
eventuais diferenças se quiser retificar a conciliação", afirma João
Vaccari, presidente do sindicato.
João Felício, presidente da CUT,
reconhece que muitas comissões
operam de forma irregular. Para
ele, a maneira de acabar com isso
é proibir que elas cobrem taxas
para oficializar os acordos.
"Do jeito que as CCPs estão funcionando, alguém está ganhando
muito dinheiro em cima delas. É
preciso proibir a cobrança de taxas. Caso contrário, vai proliferar
a corrupção. Formadas com objetivo nobre, as CCPs estão sendo
desvirtuadas por alguns sindicatos."
(FF e CR)
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