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Índice de indústrias que planejam investir bate 95%
Segundo FGV, é o maior percentual desde 1998
DA FOLHA ONLINE
Para atender ao aumento da
demanda interna, 95% dos industriais pretendem ampliar
seus investimentos. Esse é o
mais alto índice desde ao menos 1998, quando a FGV (Fundação Getulio Vargas) começou
a realizar a Sondagem da Indústria da Transformação.
O foco dos empresários está
especialmente na ampliação da
capacidade instalada, ou seja,
na estrutura que permite elevar o nível de produção. Esse tipo de investimento passou de
47% em 2007 para 56% em
2008, em detrimento dos investimentos em aumento da
produtividade (de 34% para
28%), de acordo com dados divulgados ontem pela FGV.
"O investimento em aumento de produtividade é a primeira reação para solucionar gargalos", disse o vice-diretor do
Ibre (Instituto Brasileiro de
Economia) da FGV, Vagner Ardeo. "Agora elas efetivamente
ampliam a capacidade. As indústrias estão deixando de lado
uma alternativa paliativa por
uma definitiva."
Para o consultor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), Julio
Gomes de Almeida, o país atravessa um "ciclo de investimento generalizado". "Outros indicadores mostram isso, como o
PIB do primeiro trimestre",
disse, lembrando que a taxa de
investimento cresceu 15,2% no
primeiro trimestre, se comparada a 2007.
"Os dados da economia garantem aumento da demanda.
Pode-se discutir o tamanho,
mas não se vai crescer ou não",
diz Alcides Leite, professor da
Trevisan Escola de Negócios.
No setor de bens de consumo, mais sensível ao aumento
da demanda interna, 62% dos
industriais pretendem ampliar
a capacidade produtiva, contra
43% na pesquisa de 2007.
Para Paulo Francini, diretor
do Departamento de Pesquisas
Econômicas da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo), os números mostram que não faltará produto
industrializado. "A indústria vinha bem. Agora ela se antecipa
aos aumentos de demanda."
Ainda de acordo com a sondagem, 74% das empresas pesquisadas disseram não ter dificuldades para investir. Para os
26% restantes, o motivo maior
de inibição de investimentos é
a alta carga tributária.
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