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Bancos se recuperam, mas Bovespa cai na semana
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A recuperação do setor bancário não foi suficiente para garantir ganhos à Bolsa de Valores de São Paulo na semana,
que encerrou o período com
baixa de 0,27%. No pregão de
ontem, a perda registrada pela
Bovespa ficou em 0,20%.
Alguns resultados trimestrais melhores que o esperado
nos Estados Unidos, como o
anunciado ontem pelo Citigroup, permitiram que os bancos se recuperassem nos últimos pregões, movimento que
foi acompanhados pelas instituições financeiras locais.
As ações preferenciais do
Itaú foram o principal destaque
e subiram 10,86% na semana.
Logo atrás, apareceram os papéis preferenciais do Bradesco,
com alta de 8,68%, e os units do
Unibanco, com ganho de 7,31%.
O papel ordinário do Banco do
Brasil teve valorização de
4,83% na semana.
"O setor bancário está com
muitas oportunidades interessantes e que podem ser aproveitadas na Bolsa", afirma Rafael Moysés, gestor da corretora Umuarama.
As ações do segmento bancário apareceram como destaque,
ao lado do elétrico, em relatório
divulgado ontem pelo Morgan
Stanley, no qual a instituição financeira decidiu elevar sua recomendação para o mercado
brasileiro para "acima da média". Em outras palavras, sinalizou que ações brasileiras podem ser um bom negócio.
O mercado norte-americano
teve resultados distintos ontem, influenciados por notícias
corporativas. O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações de
maior liquidez, teve alta de
0,44%. Já a Bolsa eletrônica
Nasdaq, dos papéis de empresas de alta tecnologia, terminou
com queda de 1,28%. Os balanços decepcionantes de Microsoft e Google afetaram o desempenho da Nasdaq.
Apesar de o resultado do índice Ibovespa não ter sido muito animador na semana, 47 de
suas 66 ações encerraram o período com ganhos.
Além dos papéis do setor
bancário, as ações PN da TAM e
ON da Natura chamaram a
atenção, com valorizações na
semana de 16,24% e 13,05%,
respectivamente.
O resultado da Bolsa paulista
não foi melhor na semana porque as ações de Vale e Petrobras, as de maior peso na composição do Ibovespa, terminaram o período com quedas expressivas.
Decepções
Na semana, as ações da Vale
acumularam perdas de 8,29%
(ordinárias) e 6,49% (preferenciais "A"). Já as da Petrobras recuaram 6,97% (ordinárias) e
5,91% (preferenciais).
O enfraquecimento do petróleo no exterior foi um fator de
peso no resultado dos papéis da
Petrobras. O barril do petróleo
encerrou negociado ontem a
US$ 128,88 em Nova York, em
baixa de 0,32% -uma semana
atrás, o produto chegou a superar os US$ 145.
A Vale, além do impacto da
baixa das commodities no mercado internacional, sofreu nos
últimos pregões com o resultado de sua oferta de ações, na
qual conseguiu levantar volume menor de recursos que o esperado pelo mercado.
No pregão de ontem, as duas
ações mais negociadas da Bolsa
tiveram resultados fracos: Petrobras PN subiu 1,05%, e Vale
PNA recuou 0,34%.
O Ibovespa não conseguiu
encerrar a semana acima dos
60 mil pontos -fechou ontem a
59.988 pontos. Neste mês, a
baixa acumulada pela Bolsa está em 7,74%.
No mercado de câmbio, a
sexta foi tranqüila. Com o fluxo
favorável, o dólar terminou as
operações de ontem vendido
por R$ 1,589, mantendo-se em
seu menor nível desde janeiro
de 99. Com a depreciação de
0,63% de ontem, o dólar acumula queda de 10,58% diante
do real no ano.
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