São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

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Inflação em SP desacelera e fica em 0,59%

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe voltou a desacelerar na segunda quadrissemana deste mês, fechando em 0,59%, contra 0,77% na medição anterior e 0,96% em junho. Alimentação registrou a maior elevação (1,85%) entre os grupos acompanhados no município de São Paulo, mas ainda assim inferior à da primeira quadrissemana (2,34%).
Os aumentos de feijão (14,43%) e carnes bovinas (7,08%) na última medição contribuíram com mais de 40% da formação do IPC, mas influenciaram a desaceleração porque tiveram expansão maior na primeira quadrissemana do mês: 20,31% e 8,94%, respectivamente.
O coordenador do índice, Márcio Nakane, ressalta que a demanda aquecida é um dos fatores que continuam a exercer pressão sobre a inflação e prevê que as tarifas de energia elétrica e de telefone vão pressionar o IPC nos próximos meses.
A conta de luz dos clientes da Eletropaulo vai ficar, em média, 8,12% mais cara a partir de agosto. Já o reajuste das tarifas da telefonia fixa pode ser definido na próxima semana.
A variação dos preços de despesas pessoais (1,0%), segundo grupo com maior alta, foi influenciada principalmente por um fator sazonal: as férias escolares. Os gastos com viagens de excursão subiram 4,72%.
Raphael Castro, economista da LCA Consultores, cita ainda a desaceleração em vestuário (0,09% contra 0,34%) devido às promoções que sempre ocorrem nesta época do ano. "É um foco de alívio que pode se tornar um foco de pressão."
O grupo saúde teve elevação de 0,74% no período, seguido de variações pouco significativas em transportes (0,17%) e educação (0,07%). Já habitação teve deflação de 0,11%.


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