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Teles, energia e varejo devem ter movimentações, dizem analistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Os setores de telecomunicações, energia elétrica e varejo deverão ser cenário das próximas
movimentações de capital, segundo analistas. "Na telefonia celular,
a tendência é saírem os grupos pequenos, com capital insuficiente
para competir com as grandes
operadoras", diz Raphael Biderman, superintendente de telefonia móvel do Unibanco.
Esse processo, segundo ele, já
começou. Exemplo disso foi a
venda, em janeiro, do controle da
TCO (Tele Centro Oeste) pelo
grupo brasileiro Fixcel, para a
BrasilCel, holding da Telesp Celular e Telefônica Celular).
O próximo movimento, diz ele,
será a venda da BCP pelos bancos
credores. "A Telecom Américas,
do México, é a principal candidata a comprá-la", diz Biderman.
Na opinião de André Gadelha,
analista do banco Pactual, há
muitos participantes por área de
concessão no setor de telefonia
móvel. "No futuro, poderá haver
uma consolidação de empresas."
Também houve erros de estratégia. "As empresas que estão
saindo apostaram em um mercado muito maior, se endividaram
em dólar e, com a desvalorização
cambial, entraram em crise."
No setor de varejo, alguns estrangeiros tentam vender ativos
para cobrir dívidas de suas matrizes. É o caso da Royal Ahold, holandesa, que quer se desfazer do
Bom Preço. "O grupo está endividado lá fora e se envolveu em escândalos contábeis; tenta vender
ativos para se reequilibrar", diz
José Messias Bastos, da Universidade Federal de Santa Catarina.
No setor elétrico, dois grupos
americanos já anunciaram a intenção de vender ativos - a AES
e a Enron. Mas os negócios não
saem por falta de compradores.
"O setor depende de novas regras
para atrair capital", diz Sérgio Tamashiro, analista do Unibanco.
(SB)
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