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Ex-FMI afirma que o pior da crise ainda está por vir
Para Rogoff, problema ainda está no meio do caminho e grande banco deve quebrar
Para ex-economista-chefe do Fundo, BC dos EUA
errou ao cortar taxa de juros "dramaticamente" e medida aumentará a inflação
DA REDAÇÃO
O pior da crise global financeira ainda está por vir e um
dos grandes bancos americanos deve quebrar nos próximos
meses, com o recrudescimento
da crise nos EUA, segundo
Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI. "Eu acredito
que a crise financeira está, talvez, no meio do caminho. Eu
chegaria até o dizer que o "pior
ainda está por vir"."
"Nós não veremos apenas
bancos de médio porte afundando nos próximos meses, veremos um gigante, um dos
grandes bancos de investimentos ou dos grandes bancos",
afirmou Rogoff em evento em
Cingapura. "A exemplo de
qualquer setor em retração, vamos assistir à retirada de alguns participantes de peso desse mercado", sem citar as instituições que poderão quebrar .
Segundo ele, que é professor
na Universidade Harvard e trabalhou como economista-chefe
do Fundo de 2001 a 2004, haverá muito mais consolidação no
setor financeiro antes do final
da crise. Em março, o JPMorgan Chase adquiriu o banco de
investimento Bear Stearns, em
uma operação de resgate comandada pelo Fed (o banco
central norte-americano).
Rogoff disse ainda que os
fundos soberanos (fundos de
investimento estatais) que investiram bilhões de dólares nos
últimos meses em grandes bancos americanos podem não
conseguir grandes lucros com a
aplicação. Segundo o economista, eles não levaram as condições de mercado que essa indústria enfrenta. Os dois fundos do governo de Cingapura, o
GIC e o Temasek, fizeram investimentos bilionários no
Merrill Lynch e no Citigroup.
O ex-dirigente do FMI criticou a decisão do Fed de cortar
os juros em 3,25 pontos percentuais, para 2%, entre setembro de 2007 e abril deste ano.
Para ele, o BC dos EUA errou ao
reduzir a taxa "dramaticamente", o que levará a "muita inflação nos próximos anos".
Já Ethan Harris, economista-chefe para os EUA do Lehman Brothers, afirmou que a
inflação nos EUA vai baixar
"bem drasticamente"" no ano
que vem devido à desaceleração da economia e à queda dos
custos com combustíveis.
"No ano que vem vamos ter
uma inflação extremamente
baixa", disse Harris, autor de
um livro sobre Ben Bernanke, o
atual presidente do Fed.
Com agências internacionais
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