São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

FERTILIZANTE CAI
Os preços dos fertilizantes estão recuando. Segundo um participante desse setor, a queda vai de R$ 100 a R$ 150 por tonelada, dependendo da região. Na avaliação dele, a queda se deve à redução nos preços das commodities e às previsíveis dificuldades financeiras de parte dos produtores.

FILTRO
Essa queda das commodities, que pode gerar perdas na renda dos produtores, fez as empresas vendedoras de adubos reverem os pedidos ainda não entregues. Em muitos casos, seguraram a entrega, segundo ele.

MUITO CEDO
Assim como é difícil acreditar que a queda dos preços das commodities seja definitiva, é cedo também para prever a tendência de queda nos preços dos fertilizantes. Existem vendas a preços menores, mas são negócios de oportunidades, principalmente os feitos à vista, na avaliação da indústria.

FUNDAMENTO PERSISTE
Segundo fonte da indústria, os fundamentos que pressionam a alta desses insumos persistem. O petróleo não deve recuar muito mais de onde está, e os grandes consumidores, como China e Índia, mantêm os subsídios, o que segura os preços dos fertilizantes em alta.

REVERSÃO
Após 12 semanas em alta, os preços pagos aos produtores paulistas caíram. Na segunda quadrissemana deste mês, o recuo foi de 0,44%, provocado pela retração de 1,01% nos produtos vegetais. Os de origem animal subiram 0,97%.

POUCAS ALTAS
Os dados são do Instituto de Economia Agrícola, que aponta altas apenas de arroz e de laranja entre os produtos vegetais. Entre as carnes, a bovina caiu 1,6%, mas as de frango (3,5%) e suína (8,7%) subiram.

EM BAIXA
Mas os frigoríficos já pagam menos pela carne suína em São Paulo. Ontem, a arroba chegou a ser comercializada a R$ 61. Na média, o valor ficou em R$ 62. As fracas vendas provocaram o recuo nos preços. Em 30 dias, o valor do suíno tem redução de 9,1%.

LUCRO GORDO
O lucro líquido da Cargill atingiu US$ 3,95 bilhões no ano fiscal de 2008, terminado em 31 de maio, 69% a mais do que em 2007. As receitas somaram US$ 120,4 bilhões, 36% a mais.

NO TRIMESTRE
Preços elevados, forte demanda mundial por commodities e vendas de ativos permitiram esse lucro à Cargill. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de US$ 1,05 bilhão, incrementado pela incorporação de US$ 310 milhões da venda de uma unidade industrial.


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