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Reforma da tributação pára no Congresso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A aprovação do projeto de
reforma tributária ficou ainda mais difícil depois que o
governo Lula passou a tentar, por meio de sua base de
apoio no Congresso, a ressurreição da CPMF.
Em discussão na Câmara
desde março, a segunda proposta de reforma elaborada
pela administração petista
pouco avançou além da aprovação protocolar na CCJ
(Comissão de Constituição e
Justiça), que se limita a examinar se o texto não viola os
princípios constitucionais.
O governo esperava votar
no primeiro semestre pelo
menos o relatório do deputado Sandro Mabel (PR-GO)
na comissão especial criada
para analisar a reforma. Mas,
além das controvérsias do
projeto, o ambiente político
foi prejudicado com a ação
para criar a CSS (Contribuição Social para a Saúde), uma
CPMF com alíquota de 0,1%.
Com só dois votos além do
mínimo, o texto-base da CSS
foi aprovado em junho pelos
deputados, que até hoje não
concluíram a votação.
O projeto de reforma tributária prevê a extinção das
contribuições sociais (com
exceção da previdenciária),
dos tributos federais cumulativos (incidentes sobre todas as etapas do processo
produtivo) e a divisão de todas as principais receitas da
União com os Estados e municípios -a CSS, se aprovada, será uma contribuição
social cumulativa cuja receita não será compartilhada.
De acordo com a proposta
do governo, PIS, Cofins, Cide
e salário-educação seriam
extintos e substituídos pelo
IVA (Imposto sobre Valor
Adicionado). Mas a principal
mudança é a mesma da primeira tentativa de reforma,
que fracassou em 2003: uma
lei única, em vez das 27 existentes hoje, para a cobrança
do ICMS, maior fonte de arrecadação dos Estados.
(GUSTAVO PATU)
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