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Polícia Federal prende 24 suspeitos em SC e SP na Operação Influenza
Entre os presos, estão os presidentes da Agrenco Group e da Agrenco Brasil
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Em operação desencadeada
ontem em Santa Catarina e São
Paulo, pela Polícia Federal e a
Receita Federal, foram presas
24 pessoas suspeitas de crimes
contra o sistema financeiro nacional. Entre os presos, estão
altos executivos da Agrenco
Group, especializada na comercialização de grãos não modificados geneticamente.
Fundador e presidente da
Agrenco Group, o empresário
Antonio Iafelice foi preso em
São Paulo, assim como o presidente da Agrenco Brasil, Antonio Augusto Pires Júnior.
Francisco Carlos Ramos, diretor da Agrenco Group, foi preso
em Balneário Camboriú (SC).
Em site na internet, a Agrenco
se apresenta como a principal
exportadora de soja não transgênica para Europa e Ásia.
Eles e o ex-superintendente
do porto de Itajaí, Wilson Francisco Rebelo, preso em Itajaí
(SC), tiveram suas prisões preventivas decretadas pela juíza
federal Ana Cristina Krämer,
da Vara Especializada em Lavagem de Dinheiro, de Florianópolis (SC). Rebelo ainda não
constituiu advogado para defendê-lo.
No final da tarde de ontem, o
grupo Agrenco emitiu nota em
que declara que "a empresa só
irá se pronunciar após análise
detalhada dos autos da investigação". A Agrenco informa ainda que, apesar das prisões, segue com suas operações.
Além das 24 prisões, temporárias e preventivas, foram
cumpridos 54 mandados de
busca e apreensão em cidades
de Santa Catarina e em São
Paulo. Foram apreendidos 200
quilos em documentos, computadores, 31 veículos, três armas
e dinheiro: R$ 255 mil, US$ 22
mil e 4.000.
Os presos são suspeitos de
integrarem um esquema de
vendas simuladas, tanto em exportações como em importações de grãos, especialmente
soja. Com isso praticavam sonegação fiscal. Existem indícios também da participação
do grupo em fraudes nos portos de Itajaí e São Francisco do
Sul (SC) e em licitações.
Além de crime contra o sistema financeiro, os presos irão
responder por lavagem de dinheiro, crime tributário, corrupção passiva, tráfico de influência, uso de documentos
falsos, contrabando, peculato e
emprego irregular de verbas
públicas.
Entre os presos na operação
estão ainda um delegado aposentado da Polícia Federal e o
chefe da Receita Federal em
Itajaí, Jackson Aluir Corbari
-preso no início da tarde em
Porto Alegre (RS), não tinha
constituído advogado até o início da noite de ontem.
Os papéis da Agrenco caíram
46,8% ontem na Bovespa.
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