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Escrevente espera instalação de telefone há 4 anos
DA SUCURSAL DO RIO
Rosane Liberato Barbosa, 31,
funcionária do Fórum de Nilópolis, espera há quatro anos a instalação do telefone em sua casa, na
Baixada Fluminense.
Ela relatou à Folha sua peregrinação, até agora infrutífera, para
conseguir uma linha desde que se
inscreveu no plano de expansão
da antiga estatal Telerj, em 1998.
Em meados de 1999, a empresa,
já privatizada, mandou-lhe uma
carta. Começava assim: "Cara Rosane, a Telemar está trabalhando
muito, 24 horas por dia, para levar
até você tudo que existe de mais
moderno em telecomunicações.
A maior prova disso é que, em 18
meses, mais de 1 milhão de novas
linhas foram instaladas. Mais do
que nos últimos 18 anos antes da
privatização".
A carta pedia que ela confirmasse a inscrição do ano anterior, o
que ela fez, via correio. Por telefone, a companhia prometeu entregar a linha até o final de 2000.
O ano passou sem novidades da
parte da Telemar. Em 2001, ela registrou a demora do atendimento
à Anatel, que repassou a reclamação à empresa. Em resposta, a gerência de contas da companhia
lhe mandou nova carta dizendo
que a instalação seria feita assim
que houvesse condições técnicas.
Em dezembro, Rosane recebeu
um boleto da Telemar para pagar
a taxa de habilitação de R$ 70,07,
até o dia 21 daquele mês, com a
promessa de que a instalação seria feita até o dia 14 de janeiro deste ano. "O não-pagamento da tarifa até a data de vencimento indica a sua desistência na aquisição
da linha telefônica e estaremos,
automaticamente, cancelando
sua solicitação", dizia a carta.
O dia 14 passou em branco.
Duas semanas depois, um técnico
da Telemar foi à casa dela e fez a
"pré-instalação" do telefone. Ligou o aparelho a um fio mudo e
pediu que ela ligasse para a empresa para desbloquear a linha. O
telefone continuou sem vida, mas
em março chegou a primeira conta, com o valor da assinatura, de
R$ 17,10. A empresa disse que só
examinaria a reclamação após o
pagamento da conta.
Nesse momento, a paciência de
Rosane esgotou-se e ela entrou
com ação na 2ª Vara Cível de Nilópolis. No dia 10 de abril, a juíza
Adriana Monteiro determinou
que a empresa instalasse a linha
em 72 horas, sob pena de multa
diária de R$ 180,00. Até hoje, a ordem não foi cumprida.
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