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Para a Telefônica, ação da PF não influi em mudança de lei
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Telefônica,
Antônio Carlos Valente da Silva, disse ontem em entrevista
no Planalto que a Operação Satiagraha, da Polícia Federal,
não interfere nas discussões sobre as mudanças no PGO (Plano Geral de Outorgas), que regulamenta o setor de telefonia
no país.
Para ele, o processo do PGO
"independe de quais são grupos
empresariais envolvidos". "É
uma mudança de regras que vai
ser feita em função do processo
de convergência, de consolidação empresarial que acontece
no mundo. Isso não deveria ser
afetado por nenhum problema
que viesse a acontecer com um
grupo empresarial, ainda que
ele possa ser importante."
A entrevista de Valente foi
dada logo depois de ele ter se
reunido com Lula. As mudanças no PGO são condição necessária para a concretização
da compra da BrT pela Oi. Caso
o negócio se concretize, a telefonia brasileira será disputada
entre três grupos: a Oi, a Telefônica e o grupo mexicano
América Móvil, de Carlos Slim,
dono da Claro e da Embratel.
Valente disse não ver necessidade de prorrogar o prazo da
consulta pública sobre as mudanças no plano -a Anatel está
analisando a possibilidade.
Também disse que os serviços
da Telefônica estão "estabilizados", a despeito da pane ocorrida na internet no início do mês.
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