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EUA e Rússia têm interesse
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O Brasil atrai a atenção dos investidores estrangeiros porque é o
país que tem a maior disponibilidade de terras ainda para ser explorada na agricultura. O país
possui pelo menos 220 milhões de
hectares de pastagens -e 130 milhões deles poderiam ser destinados à produção agrícola.
Só em soja, o Brasil deverá utilizar 23 milhões de hectares neste
ano. As estimativas, porém, indicam que o país tem capacidade de
incorporar outros 42 milhões de
hectares ao plantio da oleaginosa.
Esses 65 milhões de hectares poderiam produzir o equivalente a
180 milhões de toneladas, apenas
10 milhões abaixo da produção
mundial deste ano.
Esse grande potencial de produção, aliado aos preços baixos das
terras e à boa produtividade atingida pelos produtores nacionais,
torna cada vez mais ativo o movimento de estrangeiros no país.
Nos últimos meses estiveram
por aqui norte-americanos, russos, australianos, neozelandeses e
até franceses. Os americanos, tradicionais produtores agrícolas, e
com um esgotamento da área nos
Estados Unidos, são os mais efetivos na concretização de negócios.
A conta para esses investidores
é simples. O custo de produção da
soja no país vai de US$ 130 a US$
160 por tonelada, dependendo da
região. Essa mesma soja custa nos
portos brasileiros US$ 300. Parte
dessa diferença entre os custos de
produção e os dos portos pode ser
economizada por esses estrangeiros que investem no país e precisam de soja nos país de origem.
Para reduzir as barreiras (como
no idioma e na legislação), esses
investidores estrangeiros se associam a brasileiros, que fazem a
gestão e a operação dos negócios.
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