São Paulo, domingo, 25 de julho de 2004

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Desafio é criar companhias mais eficientes

DE PEQUIM

A grande dúvida que paira sobre o processo de reforma das estatais chinesas é se o governo vai conseguir transformá-las em entidades lucrativas e sem interferência política, mesmo mantendo o controle do seu capital.
Para James Dorn, especialista em China e vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Instituto Cato, a resposta é "não". "Companhias eficientes requerem proprietários privados com ações totalmente negociáveis em um mercado de capitais competitivo." Para ele, a decisão de manter as grandes empresas nas mãos do Estado tem motivação política. "O Partido Comunista iria perder poder se as estatais fossem privatizadas."
Wei Dan, professora de Direito Chinês da Universidade de Macau, estima que 70% das grandes estatais já passaram por uma "societarização" -transformação em sociedades anônimas. Com isso, diz ela, o governo consegue criar empresas eficientes sem privatizá-las.


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