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Empresa precisa ter juros baixos e pouca burocracia
DA REPORTAGEM LOCAL
A empresa de microcrédito, para cumprir seu papel
de alavancar o desenvolvimento dos que a ela recorrem, deve ter duas características: juros baixos e facilidades burocráticas para efetuar os empréstimos.
Os juros estão hoje na média em 4,6% ao mês, contra
os mais de 13% das financeiras ditas populares e dos cerca de 8% dos empréstimos
pessoais dos bancos.
Quanto às garantias, o microcrédito exige um avalista,
mínimo de seis meses de atividade e o parecer do agente
de crédito, que vai avaliar o
negócio do cliente, sua capacidade de pagamento e suas
potencialidades. Nada de
contrato social ou declaração de renda, por exemplo.
Cumprindo esses requisitos, a empresa de crédito pode participar de um programa do BNDES que dispõe de
R$ 58 milhões.
Atualmente, 32 empresas
se beneficiam do programa.
Dessas, 28 são ONGs, uma é
cooperativa agrícola e três,
empresas de crédito, que lucram com o empréstimo aos
microempreendedores e
distribuem os resultados entre os sócios. Há mais 20 dessas empresas de crédito se
habilitando para operar.
Segundo Beatriz Azeredo,
diretora da área social do
BNDES, o juro que o microempreendedor paga "é
muito menor que o do mercado, ao qual, aliás, esse comerciante muitas vezes informal não tem acesso. Ele é
punido por não ter acesso ao
crédito e ao ter de pagar juros embutidos nos preços
das mercadorias".
(LC)
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