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Filme estréia nesta sexta e já está pago
DA REPORTAGEM LOCAL
O lado mais visível da gigantesca favela do Rio de Janeiro -o da
violência, do tráfico e das conturbadas relações sociais- vai se
tornar conhecido de um público
maior a partir da próxima sexta-feira, quando estréia em cem salas
do país (exceto no Sul) o filme
"Cidade de Deus".
Inspirado no livro do mesmo
nome de Paulo Lins e dirigido por
Fernando Meirelles e Kátia Lund,
"Cidade de Deus" é um fenômeno: recuperou o investimento
(US$ 3 milhões) e alcançou fama e
prestígio em meio à crítica, inclusive a brasileira, antes mesmo de
estrear por aqui.
A produção causou sensação no
último Festival de Cannes, na
França, em maio, e foi a segunda
mais comercializada entre as 900
oferecidas no mercado de filmes
do evento. Foi adquirida pela
multinacional Miramax para distribuição nos principais mercados de cinema do mundo.
O filme conta de forma ágil e
impactante a história de uma geração que nasceu e cresceu na Cidade de Deus, loteamento criado
na zona oeste do Rio nos anos 60
para receber vítimas de uma
inundação e que inflou de forma
descontrolada, viu surgir a pequena criminalidade dos anos 70 e se
transformou em território de narcotraficantes.
Na última semana, a pré-estréia
do filme no Rio tornou-se caso de
polícia. A polícia carioca investiga
uma eventual ligação entre Meirelles e Lund com o traficante Paulo
Sérgio Magno, o Pequeno, preso
no cinema onde seria exibido o
filme. Os convites para a sessão
foram distribuídos pelos produtores. Em nota, a produção informou que Pequeno não estava entre os convidados.
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