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Pedidos em alta não "salvam" o ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Pode ocorrer uma elevação nas
encomendas para o final de ano
sem que outros indicadores, como a taxa de emprego e a renda,
caminhem na mesma direção.
Isso ocorre porque, na prática,
as indústrias tendem a elevar a
produção para atender aos pedidos das lojas sem que seja necessário contratar mais empregados.
Pelo contrário, com a elevação na
produtividade e a expansão da
tecnologia no país, uma possível
retomada da economia não deverá acelerar, de forma imediata, o
ritmo de expansão de vagas.
Segundo economistas, o nível
de emprego será um dos últimos
indicadores da economia a sofrer
reflexos de uma possível melhora
no humor da economia.
Há uma relação, um pouco
mais direta, entre a perspectiva de
expansão dos pedidos em carteira
e a queda na renda da população,
que, em agosto, caiu 6,6% em relação ao mesmo mês de 2002.
Isso porque a possibilidade de
que não ocorra recuperação no
rendimento médio mensal da população, hoje em R$ 910 em São
Paulo, tem impacto no consumo
e, logo, nas vendas para o Natal.
Mesmo assim, empresários
acreditam que a existência de
uma demanda reprimida e a entrada de novos recursos na economia (13º salário, dissídios) vão
ser fatores positivos. "Não há sinal de que a indústria tenderá a
recompor margens de lucro perdidas, aumentando os preços neste trimestre. Isso é bom", diz Rui
Pena, diretor da Panasonic.
(AM)
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