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Analistas vêem queda no consumo, mas baixa menor da inflação ao consumidor
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A desaceleração da inflação,
confirmada pelo IGP-M de
agosto, já denota uma queda no
consumo e deve significar um
aperto maior nas margens dos
varejistas no curto prazo.
A avaliação é do coordenador
do Provar (Programa de Administração do Varejo), Claudio
Felisoni de Angelo. Ele cita pesquisa que aponta uma expectativa de consumo menor entre
os meses de julho e setembro.
De acordo com o levantamento, 38,2% dos consumidores declararam que não pretendem consumir produtos duráveis e semiduráveis no período.
Na sondagem anterior -referente aos meses de abril a junho-, o percentual era de
36,8%. A pesquisa, com 500
consumidores em São Paulo,
foi feita em parceria entre a Felisoni & Associados e o Provar.
"Para o varejo, a curto prazo,
essa não é boa notícia [a desaceleração da inflação], pois
aponta que há uma redução no
consumo e, portanto, sobras de
estoque no setor", afirma Felisoni. Segundo ele, o varejo deve
sofrer uma desaceleração no
segundo semestre.
Para o consumidor, os preços
dos alimentos devem ceder por
conta de uma expectativa de inflação mais baixa, mas a desaceleração deverá se dar em intensidade menor, diz o economista
da LCA Fábio Romão.
"De qualquer modo, só o fato
de não haver nova aceleração já
é positivo. Mas dificilmente os
alimentos vão voltar aos preços
verificados em 2006, por exemplo. Há uma acomodação, mas
em um patamar alto", afirma.
Segundo o presidente da
Abras (Associação Brasileira de
Supermercados), Sussumu
Honda, o volume de vendas no
setor está caindo, e a deflação
apurada agora não deve ser
sentida a curto prazo.
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