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BM&F fincará pé em Xangai
DA REDAÇÃO
A chegada dos chineses para fazer negócios no Brasil atraiu a
atenção também da Bolsa de Mercadorias & Futuros, que vai abrir
um escritório em Xangai e deve
fazer um acordo com a Shangai
Futures Exchanges. "Xangai é a
futura Nova York", diz Edemir
Pinto, diretor geral da BM&F.
A Bolsa quer fincar um pé na
China para atrair os "traders" chineses para participar do mercado
futuro brasileiro. A presença
maior de chineses no mercado
brasileiro atrai também os corretores de lá, que não olham apenas
para as mercadorias, mas também para a necessidade de proteção dos preços (hedge).
O avanço da produção de grãos
no Brasil vai permitir ainda aos
corretores a oportunidade de fazer arbitragens (atuar em dois
mercados para ganhar com o diferencial de preços entre eles).
Pinto diz que, com a internacionalização dos negócios da BM&F
e o desenvolvimento do programa de avanço da produção de
grãos para o Centro-Oeste, que
pode dobrar a safra brasileira, a
Bolsa tem de botar um pé na China para ampliar seus negócios.
O escritório em Xangai, que terá
a participação também dos governos estaduais das principais regiões produtoras de grãos, servirá
para a promoção e a divulgação
dos produtos brasileiros. "É uma
possibilidade, ainda, de todos os
nossos corretores estarem lá para
vender seus serviços", acrescenta.
Mais suco
Outro setor que deverá expandir os negócios é o de sucos. Ademerval Garcia, da Abecitrus, diz
que, após a entrada da China na
Organização Mundial do Comércio, os negócios estão crescendo
rapidamente. Neste ano, o país
deverá exportar 50 mil toneladas
de suco concentrado, 285% a
mais do que vendia há dois anos.
Os chineses estão preocupados
cada vez mais com a qualidade
dos produtos, o que não é problema para o Brasil. Mas os brasileiros vão ter de competir com os estrangeiros que já estão lá. (MZ)
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