|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolsa inicia semana tensa com queda
Em dia de pouco movimento, Bovespa recua 1,25% e dólar sobe 1,38%, vendido a R$ 2,274; investidor aguarda indicadores
Amanhã serão conhecidos
o PIB e a decisão do Copom;
mercado espera ansioso
pela ata da última reunião
do banco central americano
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana não começou bem
para o mercado doméstico.
Além do fraco volume de negócios, a Bovespa terminou seu
pregão de ontem com perdas de
1,25%. O dólar subiu 1,38%,
vendido a R$ 2,274.
E os próximos dias têm tudo
para serem mais voláteis, pois
uma safra de importantes indicadores econômicos, locais e
externos, vai ser divulgada nos
próximos dias.
Ontem, os investidores preferiram operar de forma defensiva e cautelosa. Os mercados
americano e londrino ficaram
fechados devido a feriados.
Sem a referência externa, a
Bovespa movimentou apenas
R$ 963 milhões, cerca de um
terço do que negocia, na média,
por dia.
Internamente, amanhã haverá a divulgação do resultado
do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre e a
decisão do Copom.
O Comitê de Política Monetária do BC se reunirá entre hoje e amanhã para definir a nova
taxa básica, que está em 15,75%
anuais. A expectativa predominante do mercado é que a taxa
seja reduzida para 15,25%.
Segundo avaliação da equipe
de economistas do Unibanco, a
taxa será cortada em 0,50 ponto percentual. Em análise, afirmam que, apesar da onda de volatilidade que tem afetado o
mercado nas últimas semanas,
o Copom deve estar atento aos
dados benignos de inflação e
seguir com o processo de redução da taxa.
No pregão da BM&F, o número de contratos DI negociados ontem caiu 70% em relação
à sexta-feira.
As projeções para os juros
nos contratos com vencimentos mais curtos pouco oscilaram. E subiram nos que vencem acima de 12 meses. O movimento mostra que os investidores mantiveram sua apostas
em redução da Selic agora, mas
duvidam da continuidade do
processo de reduções por muito tempo. No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com
resgate em janeiro de 2008, a
taxa foi de 15,34% para 15,60%.
Para o PIB, o mercado prevê
que o crescimento no primeiro
trimestre gire em torno de
1,2%. Na opinião de Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia, "o resultado favorável da atividade econômica
no primeiro trimestre refletirá,
pelo menos em parte, o efeito
da flexibilização monetária iniciada em setembro de 2005,
efeito que tende a se acentuar
no trimestre seguinte".
Amanhã, também haverá a
divulgação da ata da última
reunião do Fed (o banco central dos EUA). Se o documento
trouxer sinais sobre o futuro da
política monetária, tem tudo
para agitar os investidores.
Desde a reunião do Fed, no
último dia 10, o mercado tem
vivido um período de forte volatilidade, com os ativos sendo
jogados para cima e para baixo
com intensidade. O dólar, que
começou maio em R$ 2,06,
chegou a alcançar os R$ 2,40.
Texto Anterior: Luís Nassif: A gestão na área social Próximo Texto: Governo avalia que ação barrou turbulência Índice
|