São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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VAIVÉM DAS COMMODITIES

Mauro Zafalon @ - mzafalon@folhasp.com.br

PERIGO À VISTA
Se no Brasil o superávit do agronegócio pode ser comprometido pela redução das exportações, devido ao dólar fraco, nos Estados Unidos o saldo agrícola chega ao fundo do poço devido ao crescimento das importações. As estimativas mais recentes do Departamento de Agricultura apontam que as exportações do setor atingirão US$ 67 bilhões, com crescimento de 7% em relação a 2005. As importações, no entanto, sobem para US$ 65 bilhões, com evolução de 13%. O saldo, que girava em torno de US$ 27 bilhões há dez anos, fica nos US$ 2 bilhões neste ano.

PERDA DE RITMO
As exportações de carnes (bovina, suína e de frango) melhoraram neste mês em relação às de abril, mas ainda ficam 5% abaixo das registradas em maio de 2005. As receitas médias diárias recuaram para US$ 31,3 milhões, podendo atingir 690 milhões no mês.

DE OLHO NO VINHO
Os chilenos que se cuidem. Depois da suspensão de importações da uva chilena, Brasília está de olho no vinho. Qualquer deslize nessa área pode custar muito aos exportadores chilenos, principalmente porque as barreiras brasileiras ao vinho do Chile estão sendo eliminadas aos poucos. Devem terminar em 2011.


ABRINDO O PACOTE
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, faz uma explanação hoje, das 8h às 9h, do pacote agrícola para os rincões do país. As informações serão transmitidas por 70 rádios e o objetivo é atingir os produtores mais distantes.

PRESERVAR O CARIBE
Mesmo com a possibilidade de abertura do mercado norte-americano para o álcool brasileiro, um industrial diz que não se deve perder a saída pelo Caribe. A abertura dos EUA pode ser apenas temporária, enquanto a saída pelo Caribe é constante, diz ele. Muitas tradings começam a investir na região com esse objetivo.

IMPULSO EXTERNO
O reflexo dos preços externos e a valorização do dólar deram impulso ao açúcar no mercado interno. Ontem, o produto foi negociado a R$ 49,28 por saca nas usinas -há uma semana estava a R$ 47,86. O preço no mercado interno está mais favorável na moeda nacional, na análise do Cepea.

REFLEXO DA CRISE
As multinacionais sabem que a crise rural é grave e que as vendas deste ano não serão boas. As importações de adubos e fertilizantes deste mês recuaram 65% em relação às do mesmo período de 2005, conforme dados divulgados ontem pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).


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