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Economista chamou equipe do Fundo de "terceira categoria"
DA REDAÇÃO
Joseph Eugene Stiglitz, um
dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia do ano passado, já foi economista-chefe do
Bird (Banco Mundial), instituição que, junto com o FMI
(Fundo Monetário Internacional), ditou as regras de abertura
comercial de vários países durante a década passada.
Mas, justamente por discordar do modelo de liberalização
implantando, o economista
deixou o Bird em 1999. Stiglitz
criticou a ortodoxia dos colegas
dos organismos multilaterais e
do governo dos EUA, especialmente durante a crise asiática
(97 e 98).
Stiglitz chegou a dizer que os
economistas do Fundo eram
"estudantes de terceira categoria de escolas de primeira categoria". Disse ainda que os modelos do FMI são "frequentemente ultrapassados".
O economista, que tinha sido
o chefe dos conselheiros econômicos do ex-presidente dos
EUA Bill Clinton, voltou para a
academia, desiludido com o
meio político. Hoje dá aulas na
Universidade Columbia, em
Nova York.
Em uma entrevista ao jornal
francês "Le Monde", no ano
passado, disse: "A liberalização
comercial foi planejada pelos
países ocidentais para os países
ocidentais, dando muito pouca
atenção a suas consequências
sobre os demais países".
Em relação ao colapso argentino, disse que o FMI se preocupou muito com o controle
inflacionário e deixou de lado a
"economia real". Segundo o
economista, o câmbio fixo destruiu a competitividade comercial do país.
Stiglitz dividiu o Nobel com
dois professores também norte-americanos, George Akerlof,
da Universidade da Califórnia
em Berkeley, e Michael Spence,
de Stanford. Os três ganharam
o prêmio por seus estudos sobre mercados com assimetria
de informação.
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