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Megacampos podem elevar as reservas internacionais a US$ 400 bi, diz Mantega
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem, em
Campinas (95 km de SP), que
os valores de reservas internacionais -ativos que o país possui no exterior- devem dobrar,
passando de US$ 200 bilhões
para US$ 400 bilhões, com as
negociações do gás e do petróleo existente nas camadas pré-sal a partir de 2010 ou 2011.
As reservas internacionais
fecharam os cinco primeiros
meses deste ano em US$ 197,9
bilhões, de acordo com dados
do Banco Central.
"A economia brasileira vai
melhorar ainda mais com a entrada do petróleo do pré-sal,
que se dará, não imediatamente, mas a partir de 2010 ou 2011.
Hoje temos US$ 200 bilhões de
reservas e vamos ter muito
mais do que isso porque vamos
nos tornar exportadores de petróleo. Vamos acumular reservas de US$ 300 a US$ 400 bilhões, certamente. Não haverá
mais problemas de contas externas no Brasil."
Mantega fez palestra sobre o
tema "Crise Mundial, Desafios
e Potencialidades do Brasil", no
Instituto de Economia da Unicamp. Durante a palestra, o ministro disse que a descoberta do
petróleo do pré-sal colocará o
Brasil entre os dez primeiros
produtores mundiais de gás e
petróleo. "As reservas que foram encontradas são de grande
magnitude e nos colocarão entre os dez primeiros grandes
produtores mundiais de gás e
petróleo -nos transformaremos em exportadores de petróleo. Isto nos ajudará a sanear as
contas externas", disse.
O ministro disse ainda que o
governo federal quer alcançar o
superávit nominal (o resultado
da receita menos a despesa) até
2010 com o corte dos gastos
correntes, principalmente os
gastos com pessoal.
"Poderemos alcançar isso até
2010, essa é uma meta que eu
tenho, uma meta da área econômica do governo e esse superávit será conseguido com o
controle de aumento de gastos
públicos", afirmou.
"Como estamos melhorando
com o resultado fiscal, acho que
chegou o momento de evoluir,
valorizar, perseguir agora um
superávit nominal, ter um resultado total das contas públicas positivo", disse Mantega.
O ministro voltou a afirmar
que acredita na manutenção do
crescimento econômico, em
2009, em torno de 5% e disse
para a platéia não acreditar em
"projeções" de analistas econômicos sobre o crescimento do
país. "Não acreditem nessas
projeções. Aliás, vocês deveriam cobrar estas projeções
porque eles erram uma atrás da
outra e ganham grandes fortunas para dar consultoria", disse
o ministro.
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