|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aperto fiscal cresce 20% e bate recorde até junho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para compensar o gasto recorde com juros, o aperto fiscal feito pelo setor público
também bateu recorde no
primeiro semestre. União,
Estados, municípios e estatais economizaram R$ 86,116
bilhões entre janeiro e junho
para pagar os encargos de
suas dívidas. Foi o maior resultado registrado desde
1991, início da série histórica
mantida pelo Banco Central.
O resultado é 20% maior
do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Nos últimos 12 meses, o superávit primário acumulado
equivale a 4,27% do PIB
(Produto Interno Bruto),
praticamente em cima da
meta de 4,3% fixada pelo governo para este ano.
O maior esforço fiscal veio
nas contas do governo federal. No primeiro semestre do
ano passado, a União respondeu por 62% do superávit
primário total apurado no
período. Neste ano, essa proporção subiu para 70%.
Para Newton Rosa, economista-chefe da Sul América
Investimentos, o superávit
primário recorde é conseqüência do elevado nível de
arrecadação tributária observado nos últimos meses.
"O resultado reflete o bom
desempenho das receitas [do
governo], que, por sua vez,
acompanham a expansão do
nível de atividade", afirma.
Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a contribuição
de Estados e municípios para
o superávit primário deve
aumentar neste segundo semestre devido às restrições
legais para gastos públicos
antes das eleições.
Texto Anterior: Gasto do setor público com juros é o maior em 17 anos Próximo Texto: Banco central dos EUA prorroga ajuda a bancos Índice
|