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Em casa ou no cursinho, candidato deve ter disciplina e tempo hábil para assimilar temas complexos
Preparação tem início seis meses antes das provas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na corrida dos concursos,
quem pretende agarrar uma vaga
tem de se dedicar com afinco. As
carreiras mais concorridas chegam a ter mais de cem candidatos
disputando cada posto, e é preciso estar bem preparado para figurar no time dos aprovados.
O conteúdo exigido, dependendo da carreira, pode ser extenso, o
que exige tempo. Começar a estudar com seis meses de antecedência, no mínimo, é a primeira dica
importante para os candidatos.
Assuntos complexos como legislação tributária e regras de administração pública, comuns em
muitos concursos, não são aprendidos do dia para a noite.
"Comecei a estudar para prestar
concurso há pouco mais de um
ano. Fiz um plano de estudos pelo
qual estaria realmente preparado
por volta do meio deste ano",
exemplifica Juliano Zamboni, 25,
que tenta vaga na procuradoria
do município de São Paulo.
"As provas dos principais concursos privilegiam questões analíticas, o que exige conhecimento
mais aprofundado", explica Estefânia de Queiroz, coordenadora
do curso de advocacia pública do
Instituto Exord. Ela diz que a preparação deve começar com o candidato definindo bem o seu objetivo e a área de interesse.
"As matérias se repetem em
concursos de uma mesma área e
assim é possível se preparar para
mais de um ao mesmo tempo."
Cursinhos
Há quem não hesite em procurar um cursinho especializado
em concursos na hora de iniciar
a sua preparação. A estratégia é
válida, principalmente se for
aliada a um plano de longo prazo ou para quem tem pouca disciplina para estudar sozinho.
"No nosso trabalho, orientamos os candidatos em relação às
provas e também os ajudamos a
se atualizar", diz o ex-agente fiscal de renda Richard Haddad,
um dos sócios do Pró-Concurso.
Voltar às salas de aula também
é útil para se aprofundar em temas que estão fora da área de especialização do candidato. "Um
engenheiro que for prestar concurso para auditor fiscal, por
exemplo, não estudou legislação
nem contabilidade [na graduação]", completa Haddad.
O candidato, no entanto, não
deve acreditar que apenas as aulas serão suficientes. É preciso
estudar sozinho. Às horas gastas
em sala de aula devem se seguir
outras tantas de estudo extra.
É fundamental ter paciência. E
muita. Mesmo com todo o empenho e dedicação, a aprovação
pode demorar. São poucos os
que conseguem bons resultados
já nos primeiros concursos.
Com o tempo -e experiência- o candidato ganha "intimidade" com as provas, aprende a encarar os processos seletivos com calma e consolida o que
aprendeu nos estudos.
(RAP)
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