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Preocupação com a beleza alimenta mercado
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Há dois anos, a fisioterapeuta
Elenise Pereira da Cunha, 49, mudou a forma de encarar sua profissão. Quando deixou seus pacientes amputados para trabalhar
com estética, achou que faria um
trabalho "desnecessário".
"Mas percebi que o fisioterapeuta não precisa estar sempre ligado à patologia. Os aparelhos
usados nas clínicas são os mesmos que usamos na faculdade",
explica ela, hoje supervisora de
procedimentos da Le Ru. A mudança fez com que seu salário engordasse em quatro vezes.
"As faculdades de fisioterapia já
perceberam o filão e estão incluindo a estética em seus currículos, mas o exercício não é restrito a essa formação. Em dez anos,
todo mundo vai ter seu esteticista,
como hoje tem a manicure."
Doris Hexsel, coordenadora do
departamento de Cosmiatria da
Sociedade Brasileira de Dermatologia, concorda: "O profissional
de estética sempre terá mercado,
as pessoas estão mais atentas à
qualidade de vida".
Mas é preciso definir a carreira
de acordo com os procedimentos
que se deseje fazer. "O esteticista
pode trabalhar no embelezamento da pele por meio de processos
limitados, como massagens e limpezas da pele, mas não pode aplicar peelings nem lançar mão do
botox [técnicas de aplicação exclusiva dos médicos dermatologistas]", diz ela.
Já o dermatologista, cuja formação exige cerca de dez anos de estudo, tem rendimento mais promissor por ser o único habilitado
a aplicar tratamentos específicos.
"É um profissional que se atualiza, é observador de detalhes", finaliza Hexsel, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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