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TOMA LÁ, DÁ CÁ
Firma diz que resultado inicial é positivo
Bônus perdido por um engorda renda alheia
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quem quer dinheiro? Vale a
máxima de Silvio Santos: se o
participante não levar o prêmio, o auditório ganha.
A tática é realidade na Solarium, fabricante de pisos que
reformulou recentemente seu
programa de incentivo aos funcionários. Na empresa, quando
um empregado da produção
não tem desempenho merecedor de bônus, seu prêmio não
retorna ao caixa -é distribuído entre todos os que atingiram as metas.
A avaliação de quem perde e
de quem ganha é feita com base
em critérios como número de
peças produzidas por dia e assiduidade. Para perder o dinheiro extra, basta faltar ao trabalho duas vezes no mesmo mês.
Entre o incentivo ao esforço
individual e, no íntimo, uma
pequena torcida pelo fracasso
do colega, os funcionários
aprovam a estratégia.
Segundo a empresa, o comportamento dos empregados
mudou. Quem antes fazia "corpo mole" está mais atento, e a
equipe está menos disposta a
acobertar os erros dos colegas.
Na área administrativa, um
dos critérios é o corte de custos
fixos. "São sempre metas atingíveis, nada absurdo", diz Juliana Leite Palermo Lopes, 28, gerente da área administrativa.
"O que a gente recebia antes
[participação nos lucros e nos
resultados] era pouco perto do
que podemos ganhar hoje."
As regras só não valem para a
equipe de vendedores, que tem
um programa especial de incentivos. O objetivo da diferença é evitar a competição predatória, que, de acordo com a Solarium, seria inevitável se o fracasso de um vendedor beneficiasse os demais.
(BL)
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