São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2004 |
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PESQUE SEU BÔNUS Bom humor e exemplos do esporte motivam e mantêm competição saudável na área comercial Vendedores exigem programas criativos
FREE-LANCE PARA A FOLHA Separar competição saudável e disputa predatória quando o tema é a área de vendas, em que o salário é baseado em comissões, é um desafio ainda maior para empresas e profissionais. Como a competição é a regra -a venda de um é o negócio perdido pelo outro-, os vendedores são exigentes e pedem criatividade. Por esse motivo, as companhias costumam manter estratégias especiais para o departamento comercial, sobretudo quando todos os funcionários competem entre si, vendendo o mesmo produto. "O nosso diretor fez uma pista de autorama, cheia de carrinhos. Para cada plano que você vende, o seu carrinho anda uma casa. É uma competição mesmo. O campeão ganha um celular", conta Hélio Fernandes Faria da Silva, 19, vendedor de planos odontológicos da Odontoclinic de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Além dos prêmios, ele diz que a empresa usa estratégias diferentes para potencializar as vendas. "Eles nos incentivam a ligar as comissões de cada semana a um objetivo específico. Todo mês, a primeira e a segunda semanas são para pagar as contas e a condução, a terceira é para reforçar as economias no banco, e a última é para gastar com lazer", afirma. Silva conta que o estímulo psicológico funciona. "Na primeira semana, sempre corro mais", declara o vendedor. "Quando vou bem, sei que terei um bom mês." E acrescenta: "Há competição, mas não existe inveja. O sucesso de cada um beneficia a unidade, e isso é bom para todo mundo". Já na Lopes Consultoria de Imóveis os corretores com melhor desempenho têm direito a escolher de qual plantão de vendas vão participar. Também há sorteios de apartamentos e de automóveis, mas escolher o plantão ajuda os primeiros colocados a continuarem na liderança. Para o consultor Egberto Prado Lopes Bastos, da MTB, não há razão para o profissional se assustar ao encontrar até mesmo metas diárias nas empresas. Segundo ele, as "pequenas metas", se forem tangíveis, ajudam o funcionário a cumprir a meta principal e aumentam as chances de sucesso. Olimpíada Exemplo tradicional quando o assunto é superação, o esporte ganhou força nos programas corporativos durante a Olimpíada. Na Softway, patrocinadora das atletas Isabela e Carolina de Moraes, as gêmeas brasileiras que ficaram em 12º lugar no ranking geral do dueto do nado sincronizado em Atenas, foi feito um plano de metas extra para a equipe de vendas por telefone. Os funcionários campeões ganharam prêmios como câmeras digitais e TVs. As atletas também eram a inspiração para palestras motivacionais, e a equipe assistiu às apresentações da dupla. Texto Anterior: Toma lá, dá cá: Bônus perdido por um engorda renda alheia Próximo Texto: Remuneração variável é tática mais acertada Índice |
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