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PERSPECTIVAS
Em alta, setores de venda direta e de seguros acenam com autonomia e vagas
Crescimento à vista e a prazo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quem garimpa atividades em
expansão na área de vendas vai
encontrar oportunidades em dois
segmentos considerados promissores: venda direta e seguros.
Caracterizada pela revenda de
produtos da fábrica diretamente
para o consumidor final, a venda
direta (ou porta a porta) abrange
setores como cosméticos, perfumaria, higiene, produtos de limpeza, utensílios, roupas e jóias.
"O mais interessante é que possibilita liberdade e autonomia",
diz Paulo César Quaglia, 45, presidente da Associação Brasileira de
Empresas de Vendas Diretas e diretor jurídico da Avon, líder de
vendas diretas no Brasil. "O vendedor não emite nota fiscal nem
paga impostos, pois são responsabilidade da fornecedora."
No primeiro trimestre de 2002,
a venda direta no país teve crescimento de 12,2% em faturamento
em relação ao mesmo período de
2001. O bom desempenho é atribuído principalmente ao segmento de cosméticos e perfumaria,
responsável por 86% do mercado.
O Brasil ocupa a sexta posição
em consumo nesse nicho. A líder
Avon conta hoje com 730 mil revendedoras no país, seguida da
Natura, que contabiliza 300 mil.
"A venda direta é essencial para
fazer um atendimento personalizado", diz Andréa Sanches, gerente de marketing da Natura.
Para a revendedora da Avon
Maria da Fonseca do Carmo, 45,
os resultados obtidos são "satisfatórios". "É como se eu tivesse um
shopping nas mãos", conta a profissional, que já alcançou um lucro de R$ 6.000 em um mês.
"Cosméticos e perfumaria ampliaram o faturamento líquido de
R$ 5,5 bilhões, em 1997, para R$
8,3 bilhões em 2001", afirma João
Carlos da Silva, presidente da Associação Brasileira das Indústrias
de Perfumaria e Cosméticos.
Leque de seguros
No ramo de seguros, a avaliação
não é diferente. "É a profissão do
futuro", resume Leôncio Arruda,
46, presidente da Federação Mundial de Corretores de Seguros.
Exercida principalmente por
profissionais liberais e pessoas jurídicas, a carreira conta com cerca
de 70 mil profissionais hoje. O número deve dobrar em cinco anos.
No passado, o corretor de seguros era vinculado a uma única seguradora ou, no máximo, duas.
Hoje é um consultor dos clientes e
oferece serviços variados, o que
aumenta a chance de negócios.
Outro fator que impulsiona a
carreira é a atuação ampla em
áreas como seguro de vida, saúde,
trabalho, residência e planos de
previdência, entre outras. "Os nichos que mais devem crescer são
os de seguro de vida e planos de
previdência", avalia Arruda.
Enquanto isso não acontece, a
principal carteira de clientes do
corretor de seguros continua sendo a de automóveis, atualmente
responsável por 36% do faturamento geral de seguros no Brasil.
Segundo a Federação Nacional
de Corretores de Seguros, a atividade rende ao corretor uma margem de 10% a 20% de lucro sobre
cada contrato.
(ISABELA LEAL)
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