São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003

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Consultorias se ajustam para superar a crise

DA REDAÇÃO

E FREE-LANCE PARA A FOLHA

Flexibilidade, mudança, adaptação. Para as consultorias de "headhunting", essas foram as palavras-chaves em 2002, na tentativa de ajustar-se para se recuperar da crise que atingiu o mercado.
Uma das alternativas encontradas pelas empresas foi aumentar o "mix" de clientes: "Passamos a atender a 16 setores diferentes de negócios", conta Patrícia Epperlein, da Mariaca Associates.
Outra opção foi abrir contratações para níveis mais baixos, como o gerencial. "Quem ficar só no mundo dos altos executivos não sobreviverá", afirma Adelaide Du Plessis, da DPS Consult.
Mudaram-se até práticas já consolidadas, como honorários atrelados ao salário do contratado. A BW Consultoria adotou a cobrança por hora trabalhada. "Assim, as empresas sabem o que pagam", explica Luiz Wever.
Na KPMG, a queda no recrutamento foi compensada com aumento da demanda em outras áreas. "Sobressaíram o aconselhamento de carreira e o downsizing [reestruturação com cortes"", diz Patrícia Molino.

Risco ético
Fatima Zorzato, da Russell Reynolds, e Winston Pegler, da Ray & Berndtson, vêem um risco ético na mudança de foco das empresas, que misturam "headhunting" e "outplacement" (recolocação profissional).
O problema seria a dificuldade de conciliar, com isenção, o processo de "caça" do executivo e a colocação de pessoas desempregadas.
Quanto à mudança de níveis, Pegler também é crítico. "São públicos e métodos diferentes de trabalho."



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