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Consultorias se ajustam para superar a crise
DA REDAÇÃO
E FREE-LANCE PARA A FOLHA
Flexibilidade, mudança,
adaptação. Para as consultorias de "headhunting", essas
foram as palavras-chaves em
2002, na tentativa de ajustar-se para se recuperar da crise
que atingiu o mercado.
Uma das alternativas encontradas pelas empresas foi
aumentar o "mix" de clientes: "Passamos a atender a 16
setores diferentes de negócios", conta Patrícia Epperlein, da Mariaca Associates.
Outra opção foi abrir contratações para níveis mais
baixos, como o gerencial.
"Quem ficar só no mundo
dos altos executivos não sobreviverá", afirma Adelaide
Du Plessis, da DPS Consult.
Mudaram-se até práticas
já consolidadas, como honorários atrelados ao salário do
contratado. A BW Consultoria adotou a cobrança por
hora trabalhada. "Assim, as
empresas sabem o que pagam", explica Luiz Wever.
Na KPMG, a queda no recrutamento foi compensada
com aumento da demanda
em outras áreas. "Sobressaíram o aconselhamento de
carreira e o downsizing
[reestruturação com cortes"", diz Patrícia Molino.
Risco ético
Fatima Zorzato, da Russell
Reynolds, e Winston Pegler,
da Ray & Berndtson, vêem
um risco ético na mudança
de foco das empresas, que
misturam "headhunting" e
"outplacement" (recolocação profissional).
O problema seria a dificuldade de conciliar, com isenção, o processo de "caça" do
executivo e a colocação de
pessoas desempregadas.
Quanto à mudança de níveis, Pegler também é crítico. "São públicos e métodos
diferentes de trabalho."
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