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Escolas moldam
cursos ao gosto das corporações
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Nem só de MBAs setorizados
se faz a segmentação do setor.
Companhias com necessidades
muito específicas negociam
cursos sob medida às escolas
sob o rótulo de "MBAs in company" (dentro das empresas).
O Pão de Açúcar, por exemplo, implantou em 2003 um
programa em parceria com a
FGV a fim de ampliar a visão de
negócios dos executivos. "O foco dos cursos estava desconexo
com a nossa realidade. Buscamos o que há de melhor em
gestão, mas discutido à luz de
nossa cultura", diz Marília Parada, diretora de planejamento
e desenvolvimento de RH.
Os 35 participantes da primeira turma traçaram planos
de negócios. Concluído o curso, a "tarefa" virou projetos de
verdade na firma, que ganhou
ainda com a redução dos recursos destinados a custear MBAs.
Aylza Munhoz, diretora da
ESPM Business School, afirma
que os programas "in company" são mais velozes. "Um
MBA de 360 horas leva um ano
e meio para ser concluído. Na
empresa, dá pra fazer em meses. São aulas de dia inteiro."
Ela reconhece que a opção
perde em diversidade. "Por isso é preciso levar em conta o
quão específica é a necessidade
de formação da equipe e a velocidade que se deseja impor."
"Temos visão de mercado
médico apurada, mas não tradição de executivos na área
médica", comenta Cláudio Lotemberg, presidente do hospital Albert Einstein, que buscou
outro formato na parceria com
o Ibmec. O curso de gestão em
saúde foi desenhado em conjunto, mas não é exclusivo do
hospital, o que lhe dá mais viabilidade. "Temos interesses específicos, mas para criar atratividade para o mercado não podíamos montar uma grade focada só na nossa realidade."
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