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ESTAGNAÇÃO
Rotina pode ser um sinal de alerta
ANA MARIA CADAVEZ
ESPECIAL PARA A FOLHA
De repente, após anos de trabalho e correria, começa-se a pensar
em tudo o que foi lido sobre carreira, "empregabilidade", mercado de trabalho, perfil e idade. E
surge o medo de ter parado no
tempo e de ter-se estagnado.
O primeiro sintoma clássico da
estagnação é quando a dúvida e o
medo aparecem. Mas se podem
incluir outros sinais. O caminho
de casa para o trabalho e de volta
para casa é o mesmo há muito
tempo. As reuniões são sempre
com as mesmas pessoas, os assuntos são repetidos, os projetos
se alongam sem implementação.
Você não utiliza nenhum outro
idioma, a lista de contatos está defasada, e nenhum "headhunter" o
chama para uma nova oportunidade. Nessa fase, os "amigos" não
o indicam mais, e os novos funcionários não o incluem na happy
hour das sextas-feiras. O reembolso de curso é tão burocrático
que você só vai aos gratuitos.
Ler sobre negócios é enfadonho.
As idéias não surgem, e você não
tem ânimo para ouvi-las. Qualquer coisa é mais excitante do que
as atividades atuais. A maior motivação é o próximo final de semana ou feriado, e até sair mais cedo
para ir ao dentista é animador.
Para sair do marasmo e reviver
o gosto pelo mercado de trabalho,
existem caminhos (confira algumas sugestões no quadro).
Pesquise os perfis ideais que o
mercado está procurando e tente
identificar o quanto está próximo
e distante de cada um dos itens
valorizados. Participe de palestras e seminários e faça cursos, o
que o ajudará a formar e a aumentar a rede de contatos.
Ana Maria Cadavez, 53, é gerente sênior de consultoria em RH da KPMG
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