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MOTIVAÇÃO
Função errada já aciona a frustração
EDSON RODRIGUEZ
ESPECIAL PARA A FOLHA
Observamos que as pessoas são mais felizes quando fazem o que gostam, ou
seja, quando o trabalho lhes permite atingir objetivos, alcançar
sonhos, viver fatos e momentos
agradáveis, colecionar sucessos
em maior número que fracassos.
À medida que um gestor con-
segue visualizar essas compatibilidades entre pessoas e atividades,
esse líder pode interferir positi-
vamente nos possíveis problemas
de frustração e de desmotivação
no ambiente de trabalho.
É claro que há outros fatores.
Por exemplo, um indivíduo pode
estar em uma função que ele adora, mas a empresa vai mal, e isso
gera insegurança. Ou, ainda, há
uma chefia tirânica, que não sabe
gerenciar, motivar, mas, sim, dirige pelo medo e pela opressão.
Essas situações afetam o desempenho profissional e também a
auto-estima, causando desmotivação, frustração e estresse.
Entretanto, a grande dificuldade está exatamente em ver essas
compatibilizações de forma clara
e objetiva. Inúmeras empresas já
fazem testes de aptidão comportamental para identificar o indivíduo mais adequado à função.
Um estudo realizado pela Thomas International, em 97, envolvendo cerca de 400 vendedores de
25 empresas, demonstrou que
cerca de 52% não tinham perfil/
aptidão natural para vendas.
O estudo também apontou
que esse grupo era responsável
por aproximadamente 15% (apenas) do resultado geral, ou seja,
o restante do grupo, que tinha
perfil adequado, era responsá-
vel por 85% do resultado.
O caso ilustra bem o tema. Frustrações e desmotivações são normalmente relacionadas com o cotidiano. Dê ao indivíduo uma tarefa que não esteja de acordo com
suas aptidões comportamentais, e
esse indivíduo não será feliz.
Edson Rodriguez, 51, é vice-presidente
da Thomas International e especialista
em gestão de pessoas
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