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CRISE DOS 40
Trajetórias de vida e carreira importam mais
SOFIA ESTEVES
ESPECIAL PRA A FOLHA
Idade é mais um tabu ultrapassado. Está cada vez
mais consolidado em nosso
mundo o conceito de idade mental, e não física.
Os profissionais da década de 80
sofreram as consequências de
uma geração em que os cursos de
MBA e de idiomas não eram pré-requisito. A valorização do idioma surgiu com a globalização e a
abertura de mercado, impactando diretamente no perfil dos profissionais. Os que acompanharam
esse processo conseguiram se
adaptar com maior facilidade.
O medo e a expectativa de perder espaço para os jovens profissionais fizeram com que alguns
refletissem sobre seus valores,
seus objetivos e seu espaço.
Encarar o desemprego trouxe à
tona sentimentos de traição
-pois a história pessoal desse
profissional era construída junto
com a vida da empresa- e medo
-já que teria dificuldade de
manter o mesmo padrão de vida.
Várias organizações sofreram
muito quando investiram na jovialidade como sinônimo de
energia, produtividade e inovação, depositando nos jovens a expectativa de alcançar resultados,
preterindo alguém maduro, que
já fora exposto a turbulências.
A idade é um indicador de posicionamento de carreira à medida
que se espera que, com 40 anos,
um profissional já tenha atingido
um nível gerencial ou atividades
de maior responsabilidade. Hoje
os fatores analisados são as trajetórias de carreira e de vida.
Não importa a idade, mas cuidar desses pontos, ou seja, tentar
desenvolver constantemente suas
habilidades técnicas e pessoais.
Hoje as equipes buscam o equilíbrio na diversidade, conciliando
jovialidade e experiência, num
ambiente em que todos consigam
aceitar diferentes pontos de vista
em prol do grupo e da empresa.
Independentemente de sua idade, nunca deixe de acreditar em
suas competências e esteja atento
para não ser levado por ondas de
mercado e esquecer que cada um
tem suas características e que o
sucesso depende de nós mesmos.
Sofia Esteves do Amaral, 40, é diretora
do grupo DM Recursos Humanos
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