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ELEIÇÕES 2004 / SÃO PAULO
PT deve bombardear Alckmin no 2º turno
DA REPORTAGEM LOCAL
Ataques e apoios. Essa é a base
na qual o PT assentará sua estratégia para o segundo turno contra
José Serra (PSDB). No front, os estrategistas da campanha petista já
definiram que um dos principais
alvos é o governador Geraldo
Alckmin (PSDB), que no primeiro turno apareceu na TV falando
que trabalha "bem com Serra".
Os petistas avaliam que Alckmin puxa votos para Serra e o ajuda na conquista do voto feminino,
por sua imagem de "bom moço",
na definição do PT. Como o Datafolha mostrou, o governador é
um cabo eleitoral mais poderoso
até que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva na capital paulista.
É consenso que é necessário
comparar as administrações do
PT, na cidade, com a do governador, no Estado. A liderança do
partido na Assembléia Legislativa
já foi acionada e tem em mãos levantamentos sobre endividamento e salário dos servidores.
O partido pretende entrar numa
seara na qual Serra tem conseguido ganhar votos: a saúde. O PT
também vai comparar educação
pública e explorar as escolas de lata erguidas pelo Estado.
Essas foram duas armas usadas
durante o primeiro turno e que
podem ganhar o reforço de um
terceiro flanco, a Febem do governo estadual.
A união Marta-Lula será reforçada, pois a coordenação avalia
que o momento econômico é favorável. Antes, porém, de começar a artilharia, os estrategistas
têm de atrair aliados. O presidente do diretório municipal do PT e
coordenador-geral da campanha
de Marta, Ítalo Cardoso, não fala a
verdade quando diz que só buscará apoios após o primeiro turno.
As conversas com o PP de Paulo
Maluf seguem em andamento. O
PT já apelou ao presidente nacional do PSB, deputado federal Miguel Arraes (PE), para dobrar Luiza Erundina a subir no palanque
de Marta. Ela ainda não se decidiu. No PPS, o grupo ligado ao deputado João Herrmann deve intensificar a dissidência de apoio à
prefeita. Oficialmente, o partido
está com José Serra (PSDB).
(CHICO DE GOIS e PEDRO DIAS LEITE)
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