CHICO DE GOIS
REPORTAGEM LOCAL

O último dia de corpo-a-corpo da prefeita Marta Suplicy foi marcado por tensão criada por uma denúncia anônima de que homens armados tentariam inviabilizar uma caminhada pela Vila Missionária, na zona sul. No fim, porém, nada aconteceu.
Marta começou o dia cumprimentando eleitores em Vila Brasilândia, na zona norte, acompanhada do ex-marido, o senador Eduardo Suplicy, do filho Supla, do presidente do PT, José Genoino, e de candidatos a vereador.
Ela e Supla distribuíram autógrafos e beijos. Curiosamente, o adversário José Serra (PSDB) visitou, logo depois, a mesma avenida Parapuã. Assim como Serra, Marta usou helicóptero.
De lá, ela seguiu para a avenida Yervant Kissajikian, em Cidade Ademar, na zona sul. Dezenas de militantes a aguardavam.
A candidata entrou em lotéricas, supermercados e farmácias. Por volta das 13h20, dois policiais militares armados desceram de um carro. Um carregava um revólver 38, o outro, uma escopeta. O coordenador-geral da campanha de Marta, Ítalo Cardoso, foi informado de que a polícia recebera uma denúncia de que dez homens armados estariam aguardando a candidata na altura do número 3.800 da avenida, em Vila Missionária. O PT, porém, decidiu manter a programação.
No caminho para Vila Missionária, dois carros da PM ultrapassaram o comboio com sirenes ligadas. No local, mais cinco veículos policiais a esperavam. O segundo-tenente Samir Tobias Alvarez confirmou que recebera a denúncia, mas informou que a polícia não havia encontrado nada de anormal no lugar. Trinta PMs faziam a segurança na área. Enquanto caminhava pela avenida, seguida por dezenas de militantes, a coordenação da campanha recebeu a informação de que poderiam jogar ovos na prefeita. Nada aconteceu.
Marta permaneceu no local por apenas 15 minutos. Nem esperou a chegada de seu carro. Usou o da segurança.


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