São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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Sem ultrapassar os 2%, nanicos voltam ao anonimato

DA REPORTAGEM LOCAL

Dos 14 candidatos à Prefeitura de São Paulo, dez chegaram ao final do primeiro turno das eleições sem obter mais do que 2% do eleitorado paulistano, segundo pesquisas de intenção de voto.
Afora alguns segundos de fama no horário eleitoral gratuito, de acordo com pesquisa Datafolha de quinta, sete deles não chegaram nem a pontuar no levantamento e devem voltar ao anonimato depois de encerradas as eleições municipais de hoje.
O presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, 48, concorre pela primeira como cabeça de chapa em uma eleição. É o candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo.
Mas não é iniciante no embate nas urnas. Sua primeira experiência foi há dois anos, nas últimas eleições presidenciais, quando ele foi candidato a vice-presidente na coligação que apoiava Ciro Gomes (PPS), que mais tarde, no segundo turno, se juntou à candidatura do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro é o atual ministro da Integração Nacional.
Paulinho nasceu em Porecatu, no Paraná, e vive em São Paulo há 28 anos. Militante do PC do B na década de 70, tornou-se secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos, ocupando a vaga de Luiz Antonio de Medeiros, que fundava a Força Sindical.
Paulinho chegou à presidência da Força, central sindical que rivalizaria, em tamanho e influência, com a CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Sem conseguir alcançar dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo, o sindicalista deve ser assediado no segundo turno pelo candidato tucano, José Serra (PSDB). Há quem diga que a sondagem -e até mesmo um acordo- já existia na campanha do primeiro turno.
Francisco Rossi, candidato do PHS, começou sua carreira política em Osasco, onde foi eleito prefeito pela primeira vez em 1972. Voltaria a ser eleito prefeito de Osasco em 1988. Em 1994, disputou o segundo turno para governador com Mário Covas. Covas foi eleito, mas Rossi obteve 44% dos votos válidos, algo em torno de 3,1 milhões de votos no Estado. Tentou novamente ser prefeito em 1996 de São Paulo e governador em 1998. Nestas eleições, Rossi se dedicou mais à campanha da filha Ana Paula (PHS), que concorre à Prefeitura de Osasco.
A médica Havanir Tavares de Almeida Nimtz, a Dra. Havanir, concorre pelo Prona, mas também não conseguiu se aproximar dos 5% da quarta colocada na pesquisa, Luiza Erundina (PSB).
Os demais candidatos, o empresário Osmar Lins (PAN), o advogado João Manuel Baptista (PSDC), o administrador de empresas Ciro Moura (PTC), a ex-agente postal Anaí Caproni (PCO), o bancário Dirceu Travesso (PSTU), o músico José Luiz de França Penna, o Penna (PV), e o professor Walter Canoas (PCB) não chegaram a pontuar no último levantamento do Datafolha.


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