DA SUCURSAL DO RIO

Da esquerda radical ao pragmatismo de uma aliança com o PFL, a guinada ideológica dada pelo favorito nas pesquisas para a Prefeitura de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), Lindberg Farias (PT), 34, era apenas um dos vários motivos para gerar desconfiança sobre seu sucesso eleitoral.
Além do risco de o eleitor não "engolir" a aliança de um petista radical com o PFL e o PSDB, ele era desconhecido em Nova Iguaçu (seu domicílio eleitoral foi transferido apenas no ano passado) e enfrentaria o atual prefeito da cidade, Mário Marques, que tem o apoio dos Garotinho e do ex-prefeito Nelson Bornier.
Na primeira pesquisa Ibope, em agosto, Lindberg tinha 12% das intenções de voto. Dois meses depois, com 49%, tem chances de vencer no primeiro turno, mesmo depois de sua campanha ter sido atacada por Anthony Garotinho e pela governadora Rosinha. Garotinho afirmou que o Estado não faria convênios com a cidade caso Lindberg fosse eleito. Também envolveu o candidato em temas polêmicos e criticou a mudança de seu domicílio. Ontem, Lindberg fez caminhada na cidade para desmentir folhetos apócrifos que, segundo sua campanha, diziam que os votos na sua candidatura seriam considerados nulos.


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