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BENEFÍCIOS
Estudo revela que 42% das companhias consideram a adoção de pacotes flexíveis
Extras podem somar até R$ 8.300
ANDREA MIRAMONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Somados ao salário bruto, benefícios como planos de saúde e
odontológico, carro particular,
vale-refeição, previdência privada
e outros chegam a elevar a renda
do empregado em até R$ 8.300
mensais para quem ocupa cargos
de alto nível. Mesmo quem está
em início de carreira não pode
desprezar a possibilidade de embolsar R$ 559 adicionais somente
com benefícios corporativos.
Os números são fruto de levantamento da consultoria Watson Wyatt feito a pedido
da Folha e ilustram bem a necessidade de ponderar detalhes na
hora de avaliar um emprego.
"Mas não se pode analisar os benefícios só pelo custo, pois carro,
para quem já tem um, pode não
representar muito", ressalva Marcos Morales, 37, diretor de capital
humano da Watson Wyatt.
Em alguns casos, os benefícios
disponíveis são tão importantes
que nem a oferta de um salário
líquido maior conquista o profissional. Foi o que aconteceu com
Antônio Ferreira Neto, 35, engenheiro da IBM. "O valor do novo
salário [de uma oferta de trabalho] não compensava os benefícios e o bom ambiente que tenho
na empresa", justifica.
Entre as vantagens que ele utiliza, está o reembolso de despesas
com filhos que têm deficiência física ou mental. "Minha filha tem
síndrome de Down e é um bebê.
Agora é a hora de estimulá-la a
desenvolver habilidades. Com fisioterapeuta e hidroterapia, entre
outros, os gastos chegam a
R$ 1.200 mensais. O plano da IBM
reembolsa 75%. Inclui até a compra de brinquedos educativos."
Os benefícios mais comuns que
encorpam a renda são os planos
de saúde e odontológico. Uma
pessoa entre 29 e 33 anos que opta
por um plano básico subsidiado
pela empresa em que trabalha
paga cerca de R$ 125. Se comprasse o mesmo serviço por conta
própria, pagaria R$ 179,
de acordo com a Amil.
Nos planos odontológicos, o
corporativo sai por R$ 9/mês. O
convênio particular custaria
R$ 31/mês, pela Uniodonto.
Reginaldo de Paula Albuquerque, 36, gerente comercial da Turhouse Viagens e Turismo, diz que
30% de seu ganho vem de benefícios. "Antes, eu mesmo pagava o
plano de saúde. Hoje, além dele,
tenho reembolso de gasolina e de
parte dos gastos com curso de inglês e academia. Na outra firma
em que estava, não tinha nada."
Pacotes sob medida
De acordo com a consultoria
Mercer, 42% das empresas no
Brasil estudam o emprego de benefícios flexíveis. Por essa política,
a companhia organiza pacotes
com opções à escolha do empregado. "São muitas as interessadas,
mas poucas empregaram o sistema", comenta Vernon Menden,
da área de saúde corporativa.
"Os benefícios não têm o mesmo valor para todos os empregados. Para um jovem solteiro, a assistência médica vale pouco, pois
ele entra no plano do pai. Para alguém casado e com filhos, o plano
pode valer tudo", diz Patrícia Molino, 37, diretora da KPMG.
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