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Novas batidas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A bossa nova experimentou um novo estouro
no começo deste milênio,
graças a músicos e DJs que
resolveram fundir sua levada e instrumentação típicas com batidas eletrônicas aceleradas.
Desse período, que teve
Bebel Gilberto, filha de
João, como o nome mais
bem-sucedido, sobrou pelo
menos uma canção importante: "Sambassim", de
Fernanda Porto. Lançada
no CD de estréia da cantora paulista, de 2002, a música sonorizou pistas de
dança falando em um samba "sem pandeiro ou tamborim", mas "com guitarra
e drum'n'bass".
Fernanda fala com orgulho da composição, mas admite que a mescla batizada
de drum'n'bossa atingiu
seu ponto de saturação.
"Eu mesma enjoei. As pessoas exageraram, exploraram essa mistura à exaustão. No meu segundo disco
já parei de fazer isso."
Na ativa desde 1997, o
trio Bossacucanova também conseguiu grande repercussão apostando na
bossa eletrônica. De acordo com o DJ Marcelinho
DaLua, o grupo conheceu a
mistura de jazz com eletrônica numa feira de música
e percebeu que podia fazer
algo semelhante partindo
da MPB. "Foi algo bem natural", diz. "O grande lance
da bossa é a mistura. Você
só precisa manter as harmonias típicas do estilo."
Também proliferaram
os CDs que adaptavam repertórios para a bossa.
Chegaram às lojas discos
como "Stones'n'Bossa" e
"Elvis'n'Bossa". Este último é de João Suplicy, que
já tinha feito parte do projeto Bossa Furiosa, do irmão Supla. "A bossa tem
uma coisa singela que pode
ser extremamente sensual", diz Suplicy.
(JFJ)
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